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Caçula de família alvo de ação truculenta do ICE está desaparecida

Atualizado: 29 de jul.


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WORCESTER - A ação truculenta do ICE contra uma família brasileira em Worcester, Massachusetts, em maio, continua ganhando traços mais dramáticos após a caçula de 13 anos ter sido dada como desaparecida na semana passada. 


Desde que Rosane Ferreira de Oliveira, 40 anos, foi presa pelos agentes federais, Karoline Ferreira de Moura estava na casa de amigos sob custódia do Estado. Ela foi vista pela última vez no dia 20 de julho, afirma a Polícia de Worcester. 


A vereadora Etel Haxhiaj, acusada de agredir policiais ao tentar proteger Rosane na ação há dois meses, compartilhou a foto de Karoline e pede ajuda da população para localizar a adolescente.


Rosane segue no Centro de Detenção do Condado de Stafford, em Dover, New Hampshire, de onde luta para ficar nos Estados Unidos através de um pedido de asilo que já estava em andamento antes de sua prisão. 


Acusação criminal

Dois dias antes do desaparecimento da filha, uma acusação criminal que pesa contra Rosane no processo imigratório  foi retirada.


Na decisão, a promotoria de Worcester afirma que "a testemunha queixosa neste caso não deseja prosseguir" e  entende que a acusada está sob custódia federal. Por isso, pede o arquivamento do caso que pode ser reaberto no futuro. 


Rosane chegou a ficar detida durante dois dias em fevereiro após a polícia ser chamada para atender uma ocorrência doméstica em um sábado. 


De acordo com o Boletim de Ocorrência, ela teria agredido uma "mulher grávida com um fio de carregador de celular".


A vítima seria a filha mais velha Clara Augusta que mais tarde foi usada como isca para prender a mãe. A jovem, que aparece com o bebê no colo nas imagens da ação do ICE, afirma que o incidenteino início do ano foi um mal entendido. 


Armadilha

Em entrevista, Clara conta que o marido havia sido preso na véspera da confusão na Eureka Street em Worcester após buzinar no trânsito para um agente do ICE à paisana.


No dia 8 de maio, ela estava a caminho do escritório da agência da polícia de imigração em Burlington para assinar papéis e recuperar o carro do companheiro quando foi interceptada pelos agentes federais.


Eles não apresentaram um mandado de prisão e disseram que um responsável deveria ficar com o bebê e não poderia ser a irmã de 17 anos que a acompanhava. 


Clara  então  chamou a mãe e quando ela chegou também foi avisada que seria presa.  Vizinhos intervieram, segundo a jovem, quando os agentes tentaram pegar o seu bebê.


Populares também questionaram se havia uma ordem de prisão e queriam impedir a prisão de Rosane que acabou sendo algemada e levada pelo ICE.


Mais tarde a justificativa do ICE era de que Rosane estava ilegal no país e tinha passagem pela polícia. 


A adolescente, que acompanhava a irmã mais velha,  se desesperou e acabou sendo presa pela polícia de Worcester que estava no local após ter sido acionada tanto pelos agentes do ICE quanto pela população.



A menina chegou a ser indiciada por negligência de criança, perturbação da paz, conduta desordeira e resistência à prisão. As acusações foram todas retiradas.


Ela também estava sob custódia do Estado, mas decidiu voltar para o Brasil junto com a irmã Clara que foi reencontrar o marido deportado, de acordo com pessoas ligadas à família. 



Karoline teria ficado e agora está desaparecida. 


A Manchete USA tentou contato com Clara, mas não obteve resposta até a publicação dessa matéria.


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