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Consumidores americanos vão pagar mais da metade do custo de tarifaço de Trump até o fim de 2025


Exportadores absorvem 18% dos custos das tarifas para reduzir os preços nas prateleiras
Exportadores absorvem 18% dos custos das tarifas para reduzir os preços nas prateleiras

WASHINGTON - Os americanos devem arcar com mais da metade dos custos das tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos à medida que as empresas aumentam os preços, segundo economistas do Goldman Sachs.


Os consumidores provavelmente arcarão com 55% da sobretaxa até o fim deste ano, enquanto as empresas americanas assumirão 22%, escreveram os analistas do Goldman em relatório de pesquisa enviada a clientes em 12 de outubro. Exportadores estrangeiros absorveriam 18% dos custos das tarifas ao reduzir os preços dos produtos, enquanto 5% seriam evitados, afirmaram eles.


Por enquanto, “as empresas dos EUA provavelmente estão arcando com uma parcela maior dos custos”, já que leva tempo para repassar os aumentos aos preços, escreveram os economistas Elsie Peng e David Mericle na nota.


“Se as tarifas implementadas recentemente e as futuras tiverem o mesmo impacto eventual sobre os preços que as tarifas aplicadas no início deste ano, então os consumidores dos EUA acabarão absorvendo 55% dos custos das tarifas”, diz o texto.


Alta na inflação

As tarifas dos EUA já elevaram os preços dos gastos pessoais com consumo em 0,44% neste ano e devem empurrar o índice de inflação — amplamente monitorado — para 3% até dezembro, segundo os analistas.


Trump abalou o comércio global com uma série de tarifas e restrições comerciais em uma missão para reduzir déficits comerciais com outros países e incentivar a manufatura nos EUA.


Embora o presidente americano e seus assessores afirmem que os parceiros comerciais arcam com os custos das tarifas, são os importadores dos Estados Unidos que pagam os tributos cobrados pela Alfândega, e os consumidores enfrentam preços mais altos quando as empresas repassam os custos. O que ocorre é que empresas estrangeiras absorvem parte das tarifas ao reduzir os preços para manter sua fatia de mercado.


Críticas de Trump

Donald Trump já havia criticado anteriormente o Goldman Sachs e seu CEO, David Solomon, por comentários semelhantes, de que os consumidores americanos teriam arcado com cerca de 22% dos custos das tarifas até junho.


“Eles fizeram uma previsão ruim há muito tempo, tanto sobre a repercussão no mercado quanto sobre as próprias tarifas, e estavam errados — assim como estão errados sobre muitas outras coisas”, disse o presidente em sua plataforma de mídia social, em agosto.


O relatório mais recente do Goldman não inclui a ameaça mais recente de Trump de aumentar as tarifas sobre a China para 100% e impor novas restrições à exportação de softwares “críticos” dos EUA.


“Não estamos assumindo nenhuma mudança nas tarifas sobre importações da China, mas os eventos dos últimos dias sugerem grandes riscos”, escreveram os analistas.


** Com Bloomberg **

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