EUA podem passar a exigir taxa de até US$ 15 mil para vistos de turismo e negócios
- Rádio Manchete USA

- 4 de ago.
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WASHINGTON - Os Estados Unidos podem passar a exigir taxas de até US$ 15 mil para alguns vistos de turismo e negócios em um programa piloto que será lançado em duas semanas em uma tentativa de reprimir que visitantes ultrapassem o prazo de validade das autorizações de entrada no país, informou um comunicado do governo federal nesta segunda-feira, 4.
A iniciativa dá aos funcionários consulares dos EUA a liberdade de impor uma taxa de caução a visitantes de países com altos índices de permanência fora do prazo de validade de seus vistos, de acordo com o comunicado —ainda não se sabe que países são esses e se o Brasil está na lista.
As taxas também podem ser aplicadas a pessoas provenientes de países onde as informações de triagem e verificação são consideradas insuficientes, afirma o texto, e seriam devolvidas se o viajante deixar o território americano antes do vencimento de seu visto.
Trump afirma ter como como foco de sua Presidência a repressão à imigração ilegal, o que motivaria o aumento de recursos para proteção de fronteira e prisão de pessoas que estariam ilegalmente nos EUA. Em junho, o republicano emitiu uma proibição de viagens que impede total ou parcialmente a entrada de cidadãos de 19 países nos EUA por motivos de segurança nacional.
Essas políticas de imigração levaram alguns visitantes a não viajarem para os EUA e, em consequência, as passagens aéreas transatlânticas tiveram seus valores reduzidos para os níveis registrados pela última vez antes da pandemia de Covid-19, em maio de 2020 —os valores das viagens do Canadá e do México para os EUA caíram 20% em relação ao ano anterior.
O Departamento de Estado não conseguiu estimar o número de solicitantes de visto que poderiam ser afetados pela mudança. Muitos dos países alvos da proibição de viagens de Trump também apresentam altas taxas de permanência fora do prazo de validade do visto, incluindo Chade, Eritreia, Haiti, Mianmar e Iêmen.
Vários países na África, incluindo Burundi, Djibuti e Togo, também apresentaram altas taxas de permanência fora do prazo, de acordo com dados da Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA referentes ao ano fiscal de 2023.
Uma disposição em um amplo pacote de gastos aprovado pelo Congresso dos EUA, controlado pelo Partido Republicano, em julho também criou uma "taxa de integridade" de US$ 250 para qualquer pessoa com visto de não imigrante aprovado, que poderia ser reembolsada para aqueles que cumprirem as regras. Essa taxa de entra em vigor em 1º de outubro e vale para os brasileiros.
** Com Agência Folha **

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