EUA querem monitorar mais de 180 mil imigrantes por GPS
- Rádio Manchete USA

- 24 de jul.
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WASHINGTON - O ICE planeja monitorar 183 mil imigrantes com tornozeleiras eletrônicas. A informação foi publicada pelo jornal "The Washington Post" nesta quinta-feira, 24, e confirmada pelo governo dos Estados Unidos.
Um memorando de 9 de junho orienta os agentes do ICE a aumentar o número de estrangeiros rastreados - atualmente são 24 mil - e ordenou que todas as pessoas inscritas no programa Alternativas à Detenção (ATD), tenham o equipamento instalado "sempre que possível".
Cerca de 183 mil migrantes adultos estão inscritos no ATD e já são monitorados de outras formas, como o comparecimento aos escritórios do ICE, enquanto aguardam a resolução de seus casos de imigração.
"Se o estrangeiro não estiver sendo preso no momento da denúncia, aumente o nível de supervisão para monitores de tornozelo com GPS sempre que possível assim como os requisitos de denúncia", escreveu Dawnisha M. Helland, diretora assistente interina na área de gestão de imigrantes não detidos.
Ao "Post", a porta-voz do ICE, Emily Covington, não comentou o memorando, mas disse que o governo está usando tornozeleiras eletrônicas como uma "ferramenta de fiscalização" para garantir o cumprimento das leis de imigração e que "mais responsabilização não deveria ser uma surpresa".
A secretária assistente do Departamento de Segurança Interna (DHS), Tricia McLaughlin, , compartilhou a reportagem no X e afirmou que quem não quiser se submeter ao monitoramento, deve deixar os EUA.
"Sim. Se você estiver ilegalmente nos Estados Unidos, poderá ser "algemado" com um monitor de tornozelo GPS. Se não quiser usar um,deve deixar o país agora mesmo", escreveu na rede social.
Defensores dos direitos dos imigrantes criticam o uso de "volumosas tornozeleiras pretas", que, segundo eles, são fisicamente desconfortáveis, impõem um estigma social e invadem a privacidade das pessoas que as usam, muitas das quais não têm antecedentes criminais ou histórico de faltas a audiências judiciais.
“Esta será uma ferramenta usada para ampliar o alcance do governo, que vai além de apenas as pessoas que ele consegue deter fisicamente, para centenas de milhares de outras que ele pode vigiar. Ela foi projetada para transformar suas próprias comunidades e lares em gaiolas digitais”, afirma Laura Rivera, advogada sênior da Just Futures, uma organização sem fins lucrativos que realiza pesquisas sobre tecnologias de rastreamento do ICE.
** Com Agências **

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