FBI investiga ataque a escola em Mineápolis como ato de terrorismo
- Rádio Manchete USA

- 28 de ago.
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MINEÁPOLIS - A Polícia Federal dos Estados Unidos (FBI) investiga como "ato terrotista doméstico" o tiroteio que matou duas crianças em uma escola de Mineápolis, em Minnessotta, na manhã de quarta-feira, 27.
Robin Westman, de 23 anos, abriu fogo contra a igreja da Escola Católica da Anunciação durante uma missa que celebrava o início das aulas essa semana. Os tiros foram dados do lado de fora, matando duas crianças e ferindo outras 17 pessoas - 14 delas menores. A atiradora se matou em seguida.
O chefe de polícia de cidade, Brian O'Hara, a suspeita estava armada com um fuzil, uma espingarda e uma pistola. Ela se aproximou da lateral da igreja e disparou dezenas de tiros através das janelas pouco antes das 8h30.
A escola foi evacuada e as famílias dos alunos foram posteriormente encaminhadas para uma zona de reunificação.
O diretor do FBI, Kash Patel, disse que a agência está investigando o tiroteio "como um ato de terrorismo doméstico e crime de ódio contra católicos".
O'Hara disse que Robin Westman não tinha um histórico criminal conhecido, agiu sozinha e havia comprado as armas recentemente através de meios legais.
O policial ainda afirmou que as autoridades analisam um vídeo que havia sido programado pela jovem para ser publicado no YouTube. O conteúdo foi removido e está sob análise enquanto os investigadores tentam determinar o motivo do crime.
Vídeos pertubadores
Nas últimas semanas, ela havia publicado uma série de vídeos particularmente perturbadores, que o jornal francês Le Figaro conseguiu consultar apesar de terem sido excluídos pela plataforma.
Um deles, mostra Robin filmando as páginas de um caderno colocado sobre o que parece ser um documento que detalha as diferentes partes de uma arma de fogo. O caderno está cheio de anotações em russo e rabiscos de pentágonos satânicos e aranhas. Enquanto vira as páginas para mostrá-las à câmera, ela murmura: "Mal posso esperar para matar, matar, matar, matar e matar...".
Nas imagens, ela mostra desenhos dela portando um fuzil, criaturas com chifres, além do esboço de um mapa, mostrando uma vista aérea do que parece ser a planta baixa da igreja. Segundo o jornal, é possível ver Robin bater no esboço com uma faca. Em um caderno, adesivos do personagem de videogame Luigi e de um fuzil de assalto Kalashnikov sobre um fundo com a bandeira LGBT e transgênero.
Em outro vídeo, Robin Westman, que continua sem mostrar o rosto, filma todo o seu arsenal: um fuzil AR-15, uma espingarda, uma pistola Glock e um revólver.
Vários carregadores cheios de balas estão colocados sobre uma cama, nos quais ela fez várias anotações: "Onde está o seu Deus agora?", "Assassino sádico", "Peido de negro", "Dane-se tudo o que você defende", "Israel deve cair", são algumas das inscrições que aparecem nas diferentes armas.
Nas filmagens a jovem resmunga, murmura e imita vozes de crianças. "Não quero estar aqui", diz ela com uma voz aguda. "Mas você está aqui", responde ela com uma voz grave. Ela também conta ter conhecido em 2024 Brandon Joseph Herrera, um influenciador californiano ativo sob o pseudônimo "The AK Guy", especializado em testar armas de guerra. Ela pede para votarem nele, já que acaba de anunciar sua candidatura às eleições de meio de mandato de 2026.
"Aprendi a odiar a vida"
No caderno, um manifesto de Robin Westman. A jovem de cabelos longos escreveu várias páginas em inglês, nas quais se dirige aos seus pais, irmãos e irmãs e, depois, aos seus amigos. Ela pede desculpas pela "tempestade de caos" que iria desencadear, explicando que não espera nenhum perdão. "Saibam que gosto de vocês", escreve ela.
"À minha mãe e ao meu pai, sinto muito por não ter me tornado o que vocês esperavam. Vocês me deram muito, e eu aprecio o amor que me deram. Vocês me criaram para ser uma boa pessoa", continua ela. "Por favor, não pensem que falharam em seu papel de pais". "Fui corrompida por este mundo e aprendi a odiar a vida", escreveu Robin.
Segundo ela, "a vida é dor. Há muito a suportar. Estou cansada dessa dor". Ela menciona "empregos miseráveis", "injustiças", "contas constantes" e um câncer que teria contraído devido ao cigarro eletrônico. "Não quero terminar minha vida apodrecendo em uma cama de hospital".
Ataques contra trans
Em 2020, ela teve um pedido acatado na justiça para mudar seu nome de Robert para Robin. O juiz afirmou que a requerente "se identifica como mulher e quer que seu nome reflita essa identificação".
O caso levou grupos conservadores a atacarem pessoas transgênero nas redes sociais. O prefeito de Minneapolis, Jacob Frey, condenou qualquer iniciativa de ódio direcionado à comunidade.
** Com Agências **

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