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Júri se recusa a indiciar homem preso por atirar sanduíche em agente em Washington


Sean Dunn é contra a ocupação federal de Washington imposta por Trump
Sean Dunn é contra a ocupação federal de Washington imposta por Trump

WASHINGTON - Um grande júri federal se recusou a indiciar um ex-funcionário do Departamento de Justiça que foi preso por jogar um sanduíche em um agente da lei federal durante a repressão ao crime promovida pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em Washington, disse uma fonte informada sobre o assunto à Reuters nesta quarta-feira, 27.


A Promotoria havia solicitado o indiciamento contra Sean Dunn por agressão. Ele trabalhou em casos internacionais no Departamento de Justiça e foi demitido após ser flagrado em vídeo atirando um sanduíche em um agente da Alfândega e da Patrulha de Fronteiras dos EUA em 10 de agosto em um bairro movimentado de capital.


A decisão marcou a segunda vez nos últimos dias em que um grande júri impediu promotores federais em Washington de conseguirem uma acusação de crime — normalmente uma etapa rotineira na abertura de um processo criminal.


É altamente incomum que um grande júri rejeite pedidos do gênero, uma vez que o promotor controla sozinho a apresentação de provas e deve superar uma barreira legal menos complicada do que um júri em um julgamento criminal. Essa dinâmica levou a uma observação muito citada de um juiz de Nova York, segundo a qual um bom promotor poderia indiciar um "sanduíche de presunto".


O fato de não ter havido indiciamento nesse caso coincidentemente relacionado a um sanduíche ilustra os desafios enfrentados pelos promotores em Washington. Eles recebem ordens para apresentar as acusações federais mais graves disponíveis contra pessoas presas em varreduras policiais.


O governo enviou agentes federais e tropas da Guarda Nacional para conter o que Trump retratou como um problema de criminalidade fora de controle na capital do país, apesar de as estatísticas policiais mostrarem um declínio nos crimes violentos após um aumento prévio.


É provável que os promotores tentem novamente obter uma acusação perante um outro grande júri para Dunn, disse a fonte. A lei dos EUA normalmente dá ao Departamento de Justiça 30 dias para obter uma acusação após uma prisão.


O New York Times foi o primeiro a noticiar a decisão do grande júri.


Dunn, que não se declarou culpado, tornou-se um símbolo improvável de resistência à demonstração de força do governo Trump em Washington. Autoridades do Departamento de Justiça divulgaram o caso enquanto prometiam punir qualquer interferência na ação da polícia, e a Casa Branca divulgou um vídeo nas mídias sociais mostrando agentes armados prendendo-o.


Os promotores dos EUA também tentaram e não conseguiram indiciar três vezes uma mulher por supostamente ter batido na mão de um agente do FBI durante um confronto fora de uma cadeia de Washington no mês passado. A acusação foi rebaixada para contravenção.


** Com Reuters **

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