top of page
Buscar

Brasileiro é condenado por venda de carteira de motorista e vai ser deportado


Massachusetts entrou na segunda fase do esquema fraudulento
Massachusetts entrou na segunda fase do esquema fraudulento

BOSTON – O Tribunal Federal de Boston condenou na última semana o brasileiro César Augusto Martins Reis, 28 anos, a pouco mais de nove meses de prisão por um esquema de venda de carteiras de motoristas de Nova York e Massachusetts para pessoas que não se qualificavam para o documento e utilizavam passaportes e endereços falsos. A pena é bem menor que a máxima prevista de 15 anos para esses tipos de crime.


A juíza Margaret Guzman decidiu no dia 26 de setembro que o réu deveria cumprir 290 dias na cadeia, tempo que já permaneceu preso, e ser extraditado.


Em junho, o brasileiro que morava em Waterbury, Connecticut, quando foi detido, reconheceu a culpa por "conspirar para produzir e portar ilegalmente documentos de identificação para depois transferi-los a terceiros".


Ele foi flagrado pela polícia no dia 4 de fevereiro do ano passado com 50 carteiras de motorista fraudulentas, destaca o processo.


Além de Reis, a investigação que desmantelou a quadrilha em dezembro culminou na prisão de Helbert Costa Generoso, 39, de Danbury, em Connecticut, Gabriel Nascimento de Andrade, 26, de Boston, em Massachusetts. Eles ainda não foram sentenciados.


Outros dois acusados Edvan Fernandes Alves De Andrade, 34, de Worcester, e Leonel Teixeira de Souza Junior, 38, de Milford, já estavam no Brasil.


Esquema fraudulento


De acordo com o processo, as fraudes para fornecer habilitação para pessoas que moravam fora do Estado ocorreram entre novembro de 2020 e setembro de 2024..


Massachusetts entrou nas negociações após julho de 2023, quando passou a emitir carteira de motorista para imigrantes indocumentados. Já em Nova York o documento estava disponível para residentes sem status imigratório legal no país desde 2019.



Os réus cobravam cerca de US$ 1,4 mil para conseguir a habilitação. No total, foram mais de mil clientes e, segundo as investigações, aproximadamente 600 tiveram sucesso.


Os falsários burlavam o sistema de Nova York que exige que os candidatos tirem fotos enquanto fazem o teste escrito on-line na tentativa de evitar fraudes.


Os réus pediam a seus clientes para se fotografarem em posições que simulavam que estavam completando a prova, mas eram os acusados que respondiam aos testes escritos, criavam certificados de conclusão de escolas de condução de Nova York, inclusive com assinaturas falsas de funcionários desses locais.


Com esse certificado, os candidatos compareciam ao Departamento de Registro de Carros de NY para apresentar os documentos de identidade e comprovante de residência no Estado, mesmo local para onde eram enviadas as habilitações. Os endereços eram controlados pela quadrilha.


Os réus e seus cúmplices recrutavam clientes em Massachusetts e os dirigiam até Nova York, "vários de uma vez só", para a primeira fase e também para o teste de rua.


Em Massachusetts, o esquema forjava os passaportes para usar como identidade para requerer a habilitação.


É expressamente proibida a reprodução total ou parcial deste material sem a autorização da MANCHETE USA. Todos os textos estão protegidos por copyright.

Reproduções autorizadas devem conter crédito de AUTORIA para MANCHETE USA (mancheteusa.com)


ree

 
 
 

Comentários


bottom of page