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Jimmy Kimmel volta ao ar e esclarece comentários sobre Charlie Kirk


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NOVA YORK - O talk-show comandado pelo humorista Jimmy Kimmel voltou ao ar nos Estados Unidos nesta terça-feira, 23, após uma suspensão de uma semana provocada pelas críticas aos comentários do apresentador sobre a morte do ativista conservador Charlie Kirk e as subsequentes ameaças do governo às emissoras, o que, segundo os críticos, representou um freio à liberdade de expressão.


Durante o monólogo de abertura do programa, no qual se esperava que Kimmel falasse sobre o ocorrido, o apresentador mencionou o assassinato de Charlie Kirk e explicou que não estava fazendo piadas com a tragédia.


"Vocês entendem que nunca foi minha intenção zombar do assassinato de um jovem. Não acho que haja nada de engraçado nisso", o apresentador disse. "Eu entendo que, para alguns, isso pareceu inoportuno ou pouco claro, ou talvez ambos, e para aqueles que acham que eu apontei o dedo, eu entendo por que estão chateados."


Kimmel disse que não concorda com a decisão da Disney de cancelar seu programa, mas agradece à empresa por defender seu direito de zombar dos poderosos e por permitir que ele volte ao ar esta noite. "Infelizmente, e acho que injustamente, isso os coloca em risco", acrescenta.


"O presidente dos Estados Unidos deixou bem claro que quer que eu e as centenas de pessoas que trabalham aqui sejamos demitidos. Nosso líder celebra os americanos que perdem seus meios de subsistência porque ele não aceita brincadeiras.", afirmou o apresentador durante o monólogo de abertura do programa.


Walter Bates, um membro da plateia disse em uma entrevista após a gravação do programa à Associated Press que Kimmel também elogiou a esposa de Kirk por demonstrar valores cristãos ao perdoar o assassino do marido. "Foi um momento muito comovente", afirmou. "Então ele voltou a atacar a administração (governo Trump)", Bates acrescentou.


A audiência de Kimmel foi mais limitada do que o normal. O programa noturno não foi transmitido em todo o país. Duas companhias proprietárias de dezenas de emissoras afiliadas à rede ABC, que exibe "Jimmy Kimmel Live!", anunciaram que vão continuar boicotando o espaço.


A Disney, dona da ABC, retirou do ar o programa de Kimmel em 17 de setembro, horas depois que o governo de Donald Trump ameaçou cancelar as licenças de transmissão devido a comentários do comediante sobre o assassinato do ativista conservador Charlie Kirk.

"Tomamos a decisão de suspender a produção do programa para evitar agravar ainda mais a situação tensa em um momento emotivo para nosso país", disse a Disney em comunicado, no qual considerou que alguns dos comentários de Kimmel foram "inoportunos" e "insensíveis".


A companhia afirmou que, após manter "profundas conversas com Jimmy", resolveu retomar o programa.


Kimmel provocou criticas de muitos conservadores ao afirmar que os partidários de Trump estavam tentando explorar politicamente o assassinato de Kirk, que faleceu após ser baleado em um campus universitário em 10 de setembro.


O presidente da Comissão Federal de Comunicações (FCC, na sigla em inglês), órgão que regula o setor, Brendan Carr, aproveitou a polêmica para insinuar que poderia revogar as licenças dos canais que transmitissem o programa.


Nexstar e Sinclair, duas companhias que controlam mais de 50 desses canais nos Estados Unidos, anunciaram então que retirariam o programa de sua grade. Depois disso, a ABC o suspendeu em todo o país.


A Sinclair, que na semana passada exigiu que Kimmel se desculpasse com a família de Kirk e que fizesse uma doação em dinheiro ao grupo Turning Point USA, anunciou na segunda-feira que não exibiria novamente o programa. A Nexstar fez o mesmo nesta terça.


A suspensão abrupta do programa de Kimmel provocou indignação nos Estados Unidos, onde vários a interpretaram como um ataque pelas frequentes críticas do comediante a Trump.


Contudo, o presidente americano a classificou de imediato como uma "grande notícia para Estados Unidos" e exigiu que outras figuras da indústria do entretenimento, como Jimmy Fallon e Seth Meyers, fossem retiradas do ar.


Trump também criticou o retorno do programa de Kimmel nesta terça-feira. Em uma postagem no Truth Social, o presidente americano acusou a ABC de "favorecer 99% do LIXO Democrata" e afirmou que Kimmel é "mais um braço do Comitê Nacional Democrata".


"Acho que vamos testar a ABC nisso. Vamos ver como nos saímos. Da última vez, eles tiveram que me pagar US$ 16 milhões", escreveu Trump, referindo-se a um processo civil por difamação que a ABC resolveu. "Este parece ainda mais lucrativo".


** Com AE **

 
 
 

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