Juiz mantém brasileiro de 13 anos preso na Virgínia
- Rádio Manchete USA

- 27 de out.
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EVERETT – Durante audiência na quarta-feira, 22, um juiz de imigração decidiu manter o brasileiro Arthur, de 13 anos, preso em um centro de detenção na Virgínia, a 800 km da família que mora em Everett, Massachusets, onde ele foi detido há mais de duas semanas pela polícia local.
Em Corte, o menor pediu desculpas mas não conseguiu a liberdade. O advogado do brasileiro, Andrew Lattarulo, apresentou uma linha de defesa que não foi atendida. "a decisão já havia sido tomada", disse ele em entrevista.
Arthur está em processo de asilo com a família, usufruindo de uma autorização para estar nos EUA provisoriamente. Segundo informações do ICE, eles entraram no país por San Luis, Arizona, no dia 24 de setembro de 2021, quando o jovem tinha 9 anos.
O menino volta à Corte em 5 de novembro e a defesa não confirmou se vai pedir a deportação voluntária ou dar continuidade a um processo que vai manter o adolescente preso por tempo indeterminado.
O Departamento de Segurança Interna (DHS) dos Estados Unidos alegou que Artur é membro da gangue 33, uma organização criminosa brasileira em Everett.
Um porta-voz do DHS disse que o jovem de 13 anos tem um longo histórico criminal, incluindo 11 queixas policiais anteriores sobre furtos "flash mob" em loja, consumo de álcool por menores de idade, arrombamentos, vandalismo, furto e brigas.
"Por mais problemático que pareça, crianças se metem em encrencas. Talvez ele tenha feito algumas coisas tolas, mas não deveria ter que pagar com a vida por isso", defende Lattarulo. "No fim das contas, é sobre uma criança de 13 anos que estamos falando."
A polícia da cidade não comenta nem divulga informações sobre Arthur. O prefeito Carlo de Maria também diz que não pode dar detalhes mas descreveu o brasileiro como um “menino problema”.
O Boletim de Ocorrência da Polícia de Everett de 9 de outubro, divulgado pelo DHS, afirma que Arthur mostrou uma arma para uma colega e teria dito que a usaria para matar outro aluno. Os policiais foram acionados e prenderam o brasileiro no ponto de ônibus com uma faca, mas não encontraram arma de fogo.
Tanto o chefe de polícia, Paul Strong, quanto o prefeito negam ter ajudado ao ICE e afirmam que a agência federal foi até a delegacia após as informações e impressões digitais de Arhtur serem inseridas no sistema.
Já o ICE afirma que foi acionado pela polícia local.
Transferência Relâmpago
O prefeito e o delegado não souberam explicar porque a mãe de Arthur, Josiele Berto, só foi avisada que o filho estava sob a custódia do ICE após o menino deixar a delegacia.
Ela foi chamada para buscar o filho, fator que coloca em xeque a gravidade das acusações uma vez que o adolescente seria liberado - mas esperou no local por mais de uma hora e meia até ser notificada que os agentes federais haviam levado o estudante da Albert N. Parlin School.
Na manhã seguinte ele foi transferido para a Virgínia.
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