Trump pede que empresas estrangeiras respeitem leis de imigração após prisão na Hyundai
- Rádio Manchete USA

- 8 de set.
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WASHINGTON - O presidente Donald Trump usou a Truth Social neste domingo, 7, para reforçar sua política migratória após a megaoperação na fábrica de baterias da Hyundai, na Geórgia, que resultou na prisão de 475 trabalhadores estrangeiros, pelo menos 300 sul-coreanos. O republicano conclamou "que todas as empresas estrangeiras que investem nos Estados Unidos a, por favor, respeitar as leis de imigração da nossa Nação".
Na publicação, Trump destacou que os investimentos internacionais continuam a ser bem-vindos, mas condicionou essa abertura ao cumprimento das regras locais. "Incentivamos que tragam LEGALMENTE suas pessoas muito inteligentes, com grande talento técnico, para construir produtos de classe mundial. E tornaremos isso possível, de forma rápida e legal."
O presidente também deixou claro o que espera em contrapartida. "O que pedimos em troca é que contratem e treinem trabalhadores americanos", pontuou.
O recado ocorre dias após a maior operação de imigração já realizada em um único lugar nos EUA. Cerca de 475 pessoas foram detidas em um canteiro de obras de US$ 7,6 bilhões da Hyundai e da LG Energy Solution.
O czar de fronteira de Trump, Tom Homan, já havia antecipado que outras iniciativas semelhantes estão a caminho. Em entrevista à CNN, ele afirmou que "a resposta curta é sim, vamos fazer mais operações de fiscalização em locais de trabalho".
Reação Coreana
A Coreia do Sul recebeu a operação com críticas e fretou um avião para repatriar pelo menos 300 coreanos detidos pelo ICE. A tensão aumentou com a divulgação do vídeo dos trabalhadores sendo algemados nos tornozelos, pulsos e cintura durante a operação, que envolveu helicópteros, veículos blindados e agentes fortemente armados
O país destacou que "as atividades comerciais de nossas empresas e os direitos de nossos trabalhadores não devem ser injustamente violados no processo de aplicação da lei dos EUA", disse Kang Hoon-sik, o chefe de gabinete do presidente sul-coreano Lee Jae Myung.
A LG Energy Solution informou no sábado (6) que, do total de detidos, 47 pessoas (46 sul-coreanos e um indonésio) são funcionários seniores da empresa, e cerca de 250 são funcionários de empresas subcontratadas, a maioria sul-coreana.
A Hyundai afirmou na sexta-feira (5) que não tinha conhecimento de que nenhum dos detidos fosse "empregado direto" da empresa.
O ataque ocorreu menos de duas semanas depois de Lee ter reiterado a promessa de seu país de centenas de bilhões de dólares em investimentos privados e apoiados pelo Estado americano, em uma tentativa de evitar altas "tarifas recíprocas" de Trump.
** Com Agências **

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