Resultados de busca
835 resultados encontrados com uma busca vazia
- Trump cancela cidadania de filhos de imigrantes
Filhos de imigrantes legais também são afetados pela medida WASHINGTON - O presidente Donald Trump cumpriu a promessa de campanha e assinou nesta segunda-feira, 20, uma ordem para acabar com a cidadania automática para filhos de imigrantes nascidos nos Estados Unidos. No entanto, essa medida já enfrenta questionamentos na Justiça. A ação executiva afirma que pelo menos um dos progenitores - mãe ou pai - deve ter o green card (residência permanente) ou ser americano para garantir a nacionalidade aos filhos nascidos a partir de 19 de fevereiro. O texto cita que crianças de pais estrangeiros ilegais ou com visto - como turista, estudante ou trabalho - no momento do nascimento não têm direito automático à cidadania americana. A entidade ativista American Civil Liberties Union e outros grupos processaram imediatamente o governo Trump. A primeira frase da 14ª Emenda à Constituição dos EUA estabelece o princípio da “cidadania por direito de nascença”: “Todas as pessoas nascidas ou naturalizadas nos Estados Unidos, e sujeitas à sua jurisdição, são cidadãos dos Estados Unidos e do Estado em que residem.” A maioria dos estudiosos de direito concorda que o presidente Trump não pode acabar com a cidadania por direito de nascença com uma ordem executiva. "Ele está fazendo algo que vai incomodar muitas pessoas, mas, no final das contas, isso será decidido pelos tribunais", disse Saikrishna Prakash, especialista constitucional e professor da Faculdade de Direito da Universidade da Virgínia. "Isso não é algo que ele pode decidir sozinho." Prakash disse que, embora o presidente possa ordenar que funcionários de agências federais interpretem a cidadania de forma mais restrita — agentes do Serviço de Imigração e Alfândega dos EUA, por exemplo — isso desencadearia contestações legais de qualquer pessoa cuja cidadania seja negada. Isso poderia levar a uma longa batalha judicial que acabaria na Suprema Corte dos EUA. Isso só pode acontecer através de uma emenda constitucional que exigiria uma votação de dois terços na Câmara dos Representantes e no Senado e a aprovação de três quartos dos Estados dos EUA. Leia a ordem executiva na íntegra aqui .
- China responde Trump com retaliações e anuncia tarifas sobre combustíveis e veículos
Trump acusa China de promover a entreda de fentanil nos EUA (Foto: Ilustração) WASHINGTON - A China respondeu nesta terça-feira, 4, às tarifas impostas pelo governo Trump às importações de produtos do país com medidas similares contra os combustíveis, veículos e máquinas agrícolas comprados pelos Estados Unidos. A retaliação de Pequim foi anunciada minutos após a entrada em vigor das tarifas de 10% adicionais impostas pelo presidente Donald Trump às importações de produtos chineses. Trump também havia anunciado tarifas contra o Canadá e o México, neste caso de 25%, mas suspendeu a implementação das medidas por 30 dias em troca do aumento da vigilância e segurança em suas fronteiras para combater o tráfico de fentanil. O Ministério das Finanças da China anunciou em um comunicado a adoção de tarifas de 15% sobre o carvão e o gás natural liquefeito (GNL) e de 10% sobre o petróleo bruto, máquinas agrícolas e alguns modelos de veículos. Segundo Pequim, a decisão de Trump “viola gravemente as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC), não faz nada para resolver seus problemas e prejudica a cooperação econômica e comercial normal entre China e Estados Unidos”. O Ministério do Comércio apresentou uma queixa à OMC por considera que as medidas adotadas por Washington eram “de natureza mal-intencionada”. Além da resposta tarifária, as autoridades chinesas anunciaram uma investigação contra o grupo americano Alphabet (matriz do Google) por violação das leis antimonopólio e a inclusão do grupo de moda PVH (proprietário das marcas Tommy Hilfiger e Calvin Klein) e do grupo biotecnologia Illumina em uma lista de “entidades não confiáveis”. Pequim também anunciou novos controles sobre a exportação de metais e produtos químicos raros, como tungstênio, telúrio, bismuto ou molibdênio, utilizados em várias indústrias. Trégua com México e Canadá Trump justificou a taxação contra os três principais aliados comerciais dos Estados Unidos como uma punição por não fazerem o suficiente para conter o fluxo ilegal de migrantes e de drogas ao território americano. O republicano, no entanto, anunciou acordos de última hora com a presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, e o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, para aumentar a vigilância na fronteira e suspender por 30 dias a implementação das novas tarifas. O presidente americano disse que pretendia ligar para o homólogo chinês, Xi Jinping, nas próximas 24 horas para negociar um acordo similar. As autoridades americanas apontam a China como responsável pela entrada no país do fentanil, um opioide sintético 50 vezes mais potente que a heroína e responsável por quase 75 mil mortes anuais por overdose no país. O serviço de inteligência americano afirma que a China envia componentes químicos para o México, onde os cartéis os transformam em fentanil e enviam o produto para os Estados Unidos. O magnata republicano afirma que o Partido Comunista que governa a China tem “subsidiado empresas químicas chinesas para que exportem fentanil”.
- ICE prende 7 trabalhadores em lava a jato na Filadélfia
ICE prendeu imigrantes por apenas por questões imigratórias (Foto: Divulgação ICE) FILADÉLFIA - Uma operação do ICE que prendeu sete trabalhadores em um lava a jato na Filadélfia, a maior cidade da Pensilvânia, na semana passada levou as autoridades locais a questionarem se o governo Trump está cumprindo a lei federal. Na sexta-feira, 31, o promotor distrital Larry Krasner, avisou que os agentes de imigração devem agir de acordo com a legislação ou vão enfrentá-lo na Justiça. “Se você está inclinado a usar os imigrantes como bode expiatório, prejudicá-los, ser cruel, é melhor fazê-lo dentro da lei”, avisou. Três dias antes, uma equipe do ICE apareceu no Complete Autowash Philly para responder a uma denúncia de exploração trabalhista prendeu sete funcionários - seis dos México e um da República Dominicana, apenas por infrações imigratórias. Os agentes federais não estavam acompanhados por oficiais do Departamento de Trabalho nem por policiais locais, como pede esse tipo de incursão. Outro ponto contraditório da operação é que o dono do estabelecimento, Jeffrey Lee, não foi detido nem responde a um processo trabalhista. Ele lamentou a prisão dos trabalhadores. “Todo mundo tem seus defeitos, mas eles foram honestos e bons. Eles não eram criminosos. Eles prestaram um serviço. Eles ajudaram a construir meu negócio. Eles estiveram lá para mim quando eu precisei deles”, afirmou em entrevista um jornal local. De acordo com o Centro de Estudos sobre Imigração de Nova York, cerca 8.3 milhões das pessoas empregadas nos EUA não têm status imigratório, mais de 5% da força de trabalho. O ICE afirma que a ação de terça-feira (28) foi bem sucedida e ressalta "o compromisso determinado com a segurança nacional e a segurança pública”. “Conseguimos prender indivíduos que estão presentes ilegalmente nos Estados Unidos. Estas operações destacam a dedicação e diligência dos nossos oficiais e agentes na proteção das nossas comunidades contra ameaças potenciais, aplicando as leis de imigração de acordo com as leis dos EUA e as políticas do Departamento de Segurança Interna", defende em comunicado o diretor do ICE na Filadélfia, Brian McShane. Protesto Em protesto às prisões dos trabalhadores, a Coalisão de Imigrantes da Pensilvânia (PIC) convocou 'Um Dia Sem Imigrantes' para esta segunda-feira, 3. A organização admite, entretanto, que o mais importante no momento é manter os imigrantes bem informados e que há um processo de deportação que deve ser respeitado. "Em caso de detenção, qualquer pessoa tem o direito de permanecer calada, não assinar nenhum documento e ter acesso a um advogado", ressalta em suas redes sociais. O movimento pró-imigrante nacional ainda não entrou em consenso sobre as melhores inciativas para o momento, mas há previsão para movimentos semelhantes ao da Pensilvânia em todo o país. 'Um Dia Sem Imigrantes' aconteceu pela primeira vez em fevereiro de 2017 para protestar contra as políticas imigratórias do primeiro mandato do presidente Donald Trump, dias após o republicano assumir a Casa Branca.
- ICE realiza mais de 5 mil prisões em nove dias
A secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, durante operação em NY (Foto: Reprodução TV) BOSTON - Embora as autoridades e polícias de muitas cidades dos Estados Unidos afirmem que não vão colaborar com as operações do Serviço de Imigração e Controle de Alfândegas (ICE, sigla em inglês), elas não podem impedir o trabalho dos agentes federais. Desde a posse de Donald Trump 5.537 estrangeiros já foram presos, sendo 52% pessoas com antecedentes criminais e 48% detidas por falta de status regular. Em redutos de brasileiros em Massachusetts, prefeituras como as de Marlborough, Somerville e Everett declararam que refutam as ações do ICE, mas não possuem instrumentos para proteger a comunidade. Imagens de pessoas sendo presas circulam nas redes sociais e empresários revelam que centenas de empregados deixaram de ir trabalhar desde que as prisões do ICE se intensificaram desde 20 de janeiro. Na terça-feira, 28, a nova secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, vestiu o colete do ICE e se juntou às autoridades federais para realizar as primeiras operações na cidade de Nova York. “Ao vivo esta manhã de Nova York. Estou participando. Estamos fazendo isso direito, exatamente o que o presidente @realDonaldTrump prometeu ao povo americano, tornando nossas ruas seguras”, afirmou a secretária recém-empossada em informações passadas para a imprensa antes do início das batidas policiais. A nova secretária divulgou um vídeo que mostra a detenção de um imigrante ilegal, segundo ela, um “estrangeiro criminoso com acusações de sequestro, agressão e roubo”. Em um comunicado divulgado na manhã desta terça-feira (28), um porta-voz do Departamento de Segurança Interna (DHS) disse que a operação realizada tinha como alvo "assassinos, sequestradores e indivíduos acusados de agressão e roubo". O saldo do dia foi de 1.016 imigrantes presos, ainda aquém da média diária de 1,5 mil detidos.
- Caminhoneiro brasileiro é assassinado na Virgínia
Sobrinho foi baleado antes de bater contra uma barra de proteção (Foto: Divulgação Campanha) RICHMOND - A Polícia da Virgínia investiga a morte do caminhoneiro brasileiro Silvio Sobrinho, de 58 anos, que foi baleado em um incidente na Interestadual 295 no Condado de Henrico na noite de sexta-feira, 1. As autoridades procuram o condutor de um caminhão branco com letras verdes que teria atirado contra Sobrinho, morador de Everett, em Massachusetts. Segundo testemunhas, o crime aconteceu por volta das 23h30 quando o motorista de um outro caminhão encostou na carreta de Sobrinho e efetuou vários disparos que atingiram o lado do passageiro e acertou fatalmente o brasileiro. Após os disparos, o caminhão de Sobrinho saiu da pista e bateu contra uma barra de proteção. Um caminhoneiro que viu o acidente parou para ajudar. Minutos depois, uma viatura da Polícia Estadual chegou ao local. O policial tentou reanimar Sobrinho que não resistiu aos ferimentos e morreu no local. Ele deixa mulher e dois filhos. Uma vaquinha na internet pede ajuda para a família e destaca que Sobrinho era o provedor da casa. A polícia pede que quem tiver informações sobre o caso deve ligar para 804.750.8758, acionar o #77 do celular ou pelo email bci.81@vsp.virginia.gov.
- Trump admite que tarifas devem causar 'alguma dor'
Trump afirma que será a era de ouro da América (Foto: Arquivo) WASHINGTON - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou neste domingo, 2, que possivelmente "haverá alguma dor" com a aplicação de tarifas contra Canadá, México e China, mas reiterou que "tudo valerá a pena pelo preço que deve ser pago" e que "os resultados serão espetaculares". "Esta será a era de ouro da América! Haverá alguma dor? Sim, talvez (e talvez não!). Mas vamos tornar a América grande novamente, e tudo valerá a pena pelo preço que deve ser pago. Somos um país que agora está sendo administrado com bom senso — e os resultados serão espetaculares!!!", afirmou o presidente em sua rede social Truth Social. "Os EUA têm grandes déficits com Canadá, México e China (e quase todos os países!), devem 36 trilhões de dólares, e não vamos mais ser o 'país estúpido'. Faça seu produto nos EUA e não haverá tarifas! Por que os Estados Unidos deveriam perder trilhões de dólares subsidiando outros países, e por que esses outros países deveriam pagar uma pequena fração do custo do que os cidadãos dos EUA pagam por drogas e farmacêuticos, por exemplo?", escreveu. O país vai impor tarifa de 25% sobre importações do Canadá, à exceção dos recursos energéticos (petróleo, gás natural e eletricidade), que terão tarifa de 10%; 25% sobre produtos do México e uma tarifa adicional de 10% sobre produtos da China. As medidas serão aplicadas a partir desta terça-feira, 4.
- Marmota prevê mais 6 semanas de inverno
Se Phil não enxerga a própria sombra os dias quentes chegam rápido, diz a lenda (Foto: Reprodução TV) PUNXSUTAWNEY - Se depender da tradição, o inverno vai ser longo. A marmota Phil viu a sua sombra ao sair de sua toca neste domingo, 2, o que significa mais seis semanas de inverno. No Dia da Marmota, os membros do Punxsutawney Groundhog Club, na Pensilvânia, vão até Gobbler’s Knob — a casa oficial de Phil — para conferir a previsão do animal. Na realidade, a primareva começa no dia 20 de março, mas se a marmota estiver certa os dias frios continuarão. Entretanto ainda há esperança. Phil arrisca advinhar o clima desde o final dos anos 1800 e não tem acertado muito. Desde 2005, ele só acertou cerca de 35% das vezes, contabiliza a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA).
- Mesmo sem direito a benefício, imigrantes irregulares pagam bilhões ao Social Security
**THE NEW YORK TIMES NOVA YORK - A Administração da Previdência Social dos Estados Unidos recebe bilhões de dólares a cada ano de uma fonte inesperada: imigrantes vivendo no país ilegalmente. Recolhimento de imigrantes ajuda a pagar aposentados americanos (Foto: Manchete USA) Este grupo pagou cerca de US$ 25,7 bilhões em impostos da Previdência Social em 2022, de acordo com uma análise recente do Instituto de Política Tributária e Econômica, um grupo de pesquisa de impostos. Como os trabalhadores em situação imigratória irregular não podem receber aposentadoria e outros benefícios federais, os bilhões que eles injetam no programa atuam efetivamente como um subsídio para os beneficiários americanos. O presidente Donald Trump, quando candidato, prometeu realizar o maior programa de deportação em massa do país e restringir os caminhos legais para a imigração. É difícil prever se a nova administração será capaz de cumprir suas promessas mais agressivas, entre elas enviar para casa os cerca de 11 milhões de trabalhadores atualmente em situação irregular nos Estados Unidos. Mas se a Casa Branca seguir adiante, especialistas projetam um amplo impacto na economia e isso poderia custar à Previdência Social cerca de US$ 20 bilhões em fluxo de caixa anualmente, de acordo com atuários do próprio órgão que envia benefícios para 68 milhões de americanos por mês, totalizando US$ 1,5 trilhão no ano passado. A Previdência Social enfrenta um déficit de financiamento há anos, em parte devido a mudanças demográficas. A queda nas taxas de natalidade significa que menos pessoas estão contribuindo para o programa, milhares de de baby boomers (geração nascida entre 1946 e 1964) estão se aposentando diariamente e muitos deles estão recebendo benefícios por períodos mais longos. "As realidades demográficas dos Estados Unidos são cada vez mais desafiadoras para programas como a Previdência Social", disse Shai Akabas, diretor executivo do programa de política econômica do Centro de Política Bipartidária, uma organização sem fins lucrativos. "A imigração líquida para o país é um fator que tem positivamente contrabalançado essa tendência e ajudado a preencher a lacuna deixada por uma força de trabalho envelhecida." O fundo fiduciário que paga os benefícios de aposentadoria deve se esgotar em 2033, quando a receita fiscal será suficiente para pagar 79% dos benefícios programados. Isso significa que os cheques dos beneficiários seriam reduzidos em 21% se o Congresso não fizer nada. Grandes mudanças na política de imigração poderiam ter efeitos em cascata na Previdência Social americana. Havia a projeção de a taxa de imigração líquida impulsionar o crescimento populacional —e representar todos os aumentos populacionais a partir de 2040, porque as taxas de fecundidade americanas são tão baixas, de acordo com um relatório de 2024 do Escritório de Orçamento do Congresso. "Se a força de trabalho imigrante diminuir, isso provavelmente piorará o quadro financeiro da Previdência Social a curto prazo e exigirá reformas mais significativas em outros lugares", disse Akabas. "As questões mais amplas da política de imigração e segurança de fronteiras exigem um pensamento cuidadoso que vai além de seu impacto no programa da Previdência Social." Para se ter uma ideia de como diferentes níveis de imigração —tanto legal, como ilegal— podem alterar as finanças do programa a longo prazo, podemos analisar o último relatório anual de confiabilidade dos administradores da Previdência Social, que prevê a saúde financeira do fundo fiduciário combinado para benefícios de aposentadoria e invalidez ao longo de um período de 75 anos a partir de 2024. A melhor estimativa dos gestores assume uma população de 1,24 milhão de imigrantes a cada ano. Com essa taxa, o programa precisa de mais 3,5% de sua folha de pagamento tributável para se tornar totalmente solvente. Mas se a imigração líquida anual caísse para 829 mil (sua estimativa mais baixa), o déficit de financiamento de longo prazo do programa pioraria cerca de 10% (de 3,5% para 3,9% da folha de pagamento tributável). Por outro lado, se a taxa líquida de imigração subisse para quase 1,7 milhão anualmente, o déficit de financiamento melhoraria em 10% (para 3,1% da folha de pagamento). Em outras palavras, para cada 100 mil imigrantes a mais a cada ano, a lacuna de financiamento é melhorada em 0,09% da folha de pagamento tributável. Trabalhadores em situação irregular nos EUA devem pagar impostos sobre a renda, com cerca de metade declarando imposto de renda federal. Apesar da contribuição sobre a folha de pagamento, não podem receber benefícios do sistema de seguridade social ou créditos como o crédito tributário por renda auferida, que requer números da Previdência Social válidos para todos os declarantes e dependentes. Empregadores devem usar o formulário I-9 (documento exigido pelo governo para verificar identidade e a elegibilidade para trabalhar) para confirmar a identidade e a elegibilidade de dos funcionários. Trabalhadores em situação irregular podem usar números falsos ou de terceiros para receber salários, mas utilizam o ITIN (Número de Identificação de Contribuinte Individual) para declarar impostos. Criado pelo IRS (a Receita Federal dos EUA) em 1996, o ITIN permite que pessoas sem número de Previdência Social, como titulares de visto de estudante ou cônjuges de trabalhadores, cumpram as obrigações fiscais. O Instituto de Política Tributária e Econômica estima que os trabalhadores que vivem no país ilegalmente pagaram um total de US$ 96,7 bilhões em impostos federais, estaduais e locais em 2022, um terço dos quais foi destinado aos impostos sobre folha de pagamento que são dedicados ao pagamento de programas de seguridade social, incluindo Seguro Social, Medicare e taxas sobre desemprego. "Está bem estabelecido que os trabalhadores indocumentados contribuem para a solvência dos principais programas de seguridade social por meio de suas contribuições fiscais", disse Carl Davis, diretor de pesquisa do Instituto de Política Tributária e Econômica.
- ICE prende cidadãs americanas que falavam espanhol
Depois de perceber o engano, agente pediu desculpas (Foto: Imagem ilustrativa/ Cortesia) MILWAUKEE - Em meio a uma onda de repressão praticada pelo governo de Donald Trump, uma família porto-riquenha, incluindo uma criança pequena, foi levada sob custódia pelo ICE depois de ser ouvida falando espanhol. O incidente ocorreu em Milwaukee, Wisconsin, e o erro foi reconhecido só depois de chegarem ao centro de detenção. Elas estavam fazendo compras quando as autoridades se aproximaram e as detiveram. Eles não foram autorizados a esclarecer sua situação até que já estivessem sob custódia, informou a emissora Telemundo Porto Rico. "Minha irmã explicou, em inglês, que elas são cidadãs americanas, mas de Porto Rico", disse um membro da família a um programa local, mantendo o anonimato devido aos receios em torno da situação. Após a apresentação de documentos oficiais, os funcionários teriam suavizado a sua posição. “Peço imensa desculpa”, disse um agente, segundo o relato da família. Apesar do pedido de desculpas, a família teria ficado retida e precisou arrumar o seu próprio transporte para voltar para casa. Nas redes, usuários reagiram com indignação ao episódio. “Em que loja? Por que ele não deu essa informação aqui? Então você está fazendo compras com uma Certidão de Nascimento em cima disso? O que é isso!”, questionou um deles. Outro manifestou a sua frustração com o clima político atual, comentando: “Obrigado… Que pena que o povo continue a votar em cores e não em valores… vai ficar pior”. Democrata rebateu a retórica de que o ICE está prendendo criminosos (Foto: Reprodução) A deputada federal Alexandria Ocasio-Cortez (D-NY) também reagiu ao incidente. "O ICE está cercando cidadãos americanos inocentes", escreveu no X. A linha dura praticada pela agência de imigração do governo motivou advogados de todo o país a ensinarem a população as melhores práticas quando confrontados, que inclui: o direito de permanecer em silêncio, o direito à representação legal e a capacidade de recusar a entrada sem um mandado. Eles também aconselham manter os documentos seguros e à mão. Porto Rico foi adquirida pelos Estados Unidos, junto com outras ilhas caribenhas, em 1898, após a Guerra Hispano-Americana. Os porto-riquenhos são por lei cidadãos naturais dos EUA e podem circular livremente entre a ilha e o continente.
- DeSantis promete vetar lei por não ser anti-imigratória o suficiente
Governador DeSantis: "Não podemos ser fracos com os imigrantes" (Foto: Reprodução de TV) TALLAHASSEE - O governador da Flórida, Ron DeSantis, prometeu na quarta-feira, 20, vetar um projeto lei por não ser anti-imigrante o suficiente e transferir a autoridade de supervisionar as questões imigratórias para o comissário de agricultura. “Devemos ter a lei mais forte do país sobre a fiscalização da imigração. Não podemos ser fracos”, postou DeSantis no X. “A caneta de veto está pronta.” No dia anterior, o Congresso Estadual, liderado pelos republicanos, decidiu destinar meio bilhão de dólares para reforçar a coordenação estadual e local com as autoridades federais. O texto retira ainda o direito de os imigrantes indocumentados frequentar a universidade pelo mesmo valor que um residente legal da Flórida. A mensalidade de pelo menos 2,6 mil estudantes deve dobrar, segundo o documento. A Lei TRUMP (abreviação para Tackling and Reforming Unlawful Migration Policy), entretanto, contraria algumas das prioridades do governador e não inclui a criação de presunção jurídica de que as pessoas no país ilegalmente constituem um risco de fuga. DeSantis também não gostou da indicação do comissário de agricultura, Wilton Simpson, para ser o principal oficial de imigração do Estado nem da extinção da punição de policiais que não colaborem com o ICE, como estava previsto no plano original do governador.
- Mensagens falsas enviadas por WhatsApp provocam pânico
Mensagem falsa levou pânico para brasileiros em Massachusetts BOSTON – Ruas vazias e comércios com pouco movimento nas principais cidades de Massachusetts nesta quinta-feira, 30. Esse foi o saldo provocado por um comunicado falso enviado em grupos de WhatsApp e publicado nas redes sociais, informando que haveria uma megaoperação do ICE. O texto cita a fonte como sendo o ‘Departamento de Proteção aos Imigrantes’, mas esse órgão não existe, segundo a deputada Priscila Sousa (D-MA). A mensagem alarmante falava de blitz nas principais vias urbanas e o uso de sensores infravermelhos para "detectar sinais de calor dentro das residências, possibilitando a localização de indivíduos em casa", medida que não foi usada nas recentes ações em Chicago e Nova York. “Vou bancar a advogada do diabo: ‘Será que isso não foi enviado por algum anti-imigrante para provocar uma deportação voluntária?”, comentou a contadora Suzana Venturini. O advogado de Imigração Danilo Brack explicou que o ICE geralmente não chega às casas com mandado de busca. “Os agentes saem com a ordem de detenção.” O texto citava também que as polícias estadual e locais participariam das operações. Mas vale ressaltar que - em Massachusetts - uma decisão da Suprema Corte estadual de 2017 afirma que as forças policiais do Estado e dos municípios não podem deter uma pessoa apenas porque está ilegal no país. Com o pânico instalado, novas mensagens surgiam nas redes sociais, incluindo ações como paralisar o trabalho e fazer manifesto. “Isso não ajudaria em nada”, disse um ouvinte da rádio Manchete USA. A deputada Priscila Sousa disse em entrevista ao programa Bom Dia Manchete que os congressistas estão tentando aprovar a lei para manter as ‘comunidades seguras’. “Eu e meus colegas estamos trabalhando para aliviar o drama dos imigrantes”, afirma. A parlamentar enfatiza que não há como prever uma ação do ICE. "Antes os agentes federais avisavam as autoridades sobre as operações por cortesia. Isso não acontece mais.” A rádio Manchete USA recebeu centenas de mensagens de pessoas com medo de sair para trabalhar, mandar os filhos para a escola, tendo problemas psicológicos e até admitindo a possibilidade de ir embora do país. “Minha filha está com medo de ir para a escola e quando voltar não me encontrar mais”, disse por WhatsApp a ouvinte M. (o nome dela será mantido em sigilo por segurança.) Em nota, o ICE afirma que está fazendo ações pontuais em Massachusetts em busca de estrangeiros criminosos. A agência não esclareceu, entretanto, se prendeu pessoas sem recorde criminal ou carta de deportação.
- Parlamentares discutem futuro dos imigrantes em Massachusetts
BOSTON - Enquanto uma onda de mensagens circula entre brasileiros sobre possíveis batidas do ICE nesta quinta-feira, 30, legisladores começam a batalha no plenário para decidir sobre o futuro dos imigrantes em Massachusetts. De um lado, democratas voltam a defender o projeto de lei Comunidades Seguras que proíbe policiais e oficiais de tribunal a questionar o status imigratório do detido, vítima ou testemunha. A proposta do senador James Eldridge e das deputadas Ruth Balser, Liz Miranda e Priscila Sousa - todos democratas - também exige que as autoridades locais informem por escrito os direitos constitucionais de permanecer em silêncio e não assinar nenhum documento sem a presença de um advogado antes de entregar a pessoa ao ICE, diante de uma ordem judicial que exija a transferência para a custódia federal. "Esse projeto é importante para proteger as vítimas de crimes que deixam de reportar a violência por medo", esclarece a deputada Priscila Souza. Além disso, o texto prevê a proibição de notificar o ICE sobre possíveis solturas e audiências durante um processo. A comunicação deve acontecer, quando exigida pela lei dos Estados Unidos, após a conclusão do caso, ressalta. Leia também: Trump sanciona lei que libera deportação de imigrantes por crime não violento "Atualmente muitos réus e vítimas são prejudicados porque o julgamento do processo é interrompido pela ação dos agentes federais", diz um resumo do projeto de lei. Uma decisão da Suprema Corte de Massachusetts em 2017 afirma que as autoridades locais e estaduais não podem deter uma pessoa apenas porque está ilegal no país nem manter um suspeito preso apenas para cumprir as solicitações do ICE mas, segundo os autores do Comunidades Seguras, não é isso que acontece. "O projeto quer transformar a sentença em lei para evitar que isso seja alterado diante das mudanças de juízes na Corte e evitar interpretações subjetivas de policiais", alega Priscila. Priscila Sousa fala sobre projeto de lei durante evento na State House nesta quarta-feira (Foto: Cortesia MIRA) Em contrapartida, os deputados republicanos Michael Soter e Kenneth Sweezey apresentaram uma proposta que autoriza as polícias locais a manter um imigrante indocumentado detido por até 36 horas mesmo após ter sido liberado da Corte. Soter afirma que a medida ajuda a centralizar a ação do ICE na busca por criminosos. "Assim, os agentes federais não têm a necessidade de fazer incursões nas nossas comunidades e instaurar o clima de medo".
.png)











