FDA alerta para risco de camarão contaminado por radioatividade
- Rádio Manchete USA
- 20 de ago.
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WASHINGTON - A agência reguladora de alimentos e remédios dos Estados Unidos (FDA) emitiu um alerta nesta terça-feira, 19, sobre a possível presença de material radioativo em lotes de camarão cru e congelado importados da Indonésia.
Testes apontaram traços de Césio-137, substância associada a riscos graves para a saúde, como danos ao DNA e maior probabilidade de câncer em casos de exposição contínua.
De acordo com a FDA, a suspeita surgiu após o Serviço de Alfândega (CBP, na sigla em inglês) detectar o elemento em contêineres inspecionados nos portos de Los Angeles, Houston, Miami e Savannah.
Os produtos eram processados pela empresa indonésia BMS Foods, e parte dos lotes também apresentou resultado positivo para Césio-137 em análises laboratoriais.

Embora a agência informou que nenhum camarão contaminado chegou às prateleiras americanas, determinou o recolhimento preventivo de três remessas com validade até março de 2027 e suspendeu temporariamente a entrada de novos produtos da companhia no país até que sejam comprovadas condições seguras de armazenamento e processamento.
Entre os itens afetados estão camarões vendidos nos EUA sob diferentes marcas comerciais, incluindo a linha “Great Value”, distribuída pelo Walmart.
A recomendação é para que consumidores que tenham adquirido os lotes identificados descartem imediatamente o produto e procurem atendimento médico em caso de suspeita de ingestão.
Césio-137
O Césio-137 é um subproduto radioativo utilizado em equipamentos médicos e industriais.
Segundo a Agência de Proteção Ambiental dos EUA, em altas doses ele pode causar queimaduras, síndrome aguda da radiação e até a morte.
A detecção dessa substância em alimentos é considerada rara e exige monitoramento rigoroso para evitar riscos de contaminação em larga escala.
Até o momento, nem a empresa indonésia nem a rede varejista responsável pela venda se manifestaram.
A FDA informou que continuará acompanhando a investigação e poderá ampliar as restrições caso novos resultados laboratoriais indiquem risco para os consumidores.
** Com Agências **

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