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- Trump estabelece limite de 7.500 refugiados para admissão nos EUA no ano fiscal de 2026
Ao assumir o cargo em janeiro, Trump suspendeu todas as admissões de refugiados nos EUA WASHINGTON - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, estabeleceu o limite de admissão de refugiados em 7.500 para o ano fiscal de 2026, o menor já registrado, segundo documento da Casa Branca publicado nesta quinta-feira, 30. A medida faz parte de um esforço mais amplo de Trump para reformular as políticas de refugiados nos EUA e no restante do mundo. O ano fiscal de 2026 abarca o período de 1º de outubro de 2025 a 30 de setembro do próximo ano. Em uma declaração anual sobre refugiados datada de 30 de setembro, Trump afirmou que as admissões seriam focadas principalmente em sul-africanos da minoria étnica branca africâner. Ele afirmou que os africâneres enfrentam perseguição com base em sua raça no país de maioria negra -- uma alegação que o governo sul-africano negou. Ao assumir o cargo em janeiro, Trump suspendeu todas as admissões de refugiados nos EUA, afirmando que elas só poderiam ser retomadas se fosse comprovado que atendiam aos melhores interesses do país. Semanas depois, ele lançou uma iniciativa para trazer africâneres, o que gerou críticas de apoiadores de refugiados. Apenas 138 sul-africanos haviam entrado nos EUA até o início de setembro, informou a Reuters na época. Na decisão publicada nesta quinta-feira, Trump afirmou que seu governo consideraria trazer "outras vítimas de discriminação ilegal ou injusta em seus respectivos países". Um documento interno elaborado por funcionários do governo dos EUA em abril sugeriu que a administração também poderia priorizar a entrada de europeus como refugiados, caso fossem alvo de perseguição por expressarem certas opiniões, como oposição à imigração em massa ou apoio a partidos políticos populistas. Europeus e outros grupos não foram mencionados no plano público de refugiados de Trump. Durante a Assembleia Geral das Nações Unidas em setembro, altos funcionários do governo Trump estimularam outras nações a se juntarem a uma campanha global para revogar as proteções de asilo, uma mudança importante que buscaria reformular o quadro migratório do pós-Segunda Guerra Mundial. Em uma medida relacionada, a Casa Branca afirmou que transferiria a supervisão dos programas de apoio a refugiados do Departamento de Estado para o Departamento de Saúde e Serviços Humanos. ** Com Reuters **
- Deputados brasileiros querem criar comissão para visitar prisões do ICE
Um dos grupos de brasileiros deportados no início do ano sendo acolhidos pelo MDHC BRASÍLIA - Parlamentares sugeriram a criação de uma comissão pluripartidária para visitar brasileiros presos em centros de detenção imigratórios nos Estados Unidos após o tema ser discutido na Comissão de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial da Câmara dos Deputados em Brasília nesta terça-feira, 28. O deputado Rui Falcão (PT-SP) considera avaliar as condições dos brasileiros deportados. “Essa política migratória alimenta a indústria de deportações, porque cada pessoa presa representa mais lucro para os presídios”, afirmou. Vale destacar que organizações de direitos humanos e parlamentares americanos têm acesso limitado aos presos do ICE, o que coloca em dúvida se a iniciativa de políticos estrangeiros iria funcionar. Em setembro, deputados democratas de Nova York foram presos em protesto contra as ações da agência federal enquanto outros foram impedidos de entrar ou tiveram entrada restrita nos presídios de imigração. Consulados O representante do Itamaraty, Aloysio Mares Dias Gomide Filho, informou que os consulados brasileiros nos Estados Unidos receberam orientação para visitar as prisões onde estão os deportados e cobrar reparações em casos de violações de direitos. “Os consulados atuam com as autoridades locais e contam com apoio da rede de associações de brasileiras e brasileiros no exterior, composta por profissionais, advogados e entidades de direitos humanos”, destacou Gomide Filho, diretor do Departamento de Comunidades Brasileiras e Assuntos Consulares. Entretanto, famílias entrevistadas pela MANCHETE USA em Massachusetts, Flórida e Nova York dizem que os parentes não receberam assistência nem visita dos agentes consulares. "Notifiquei o consulado sobre a prisão do meu filho e avisei que ele estava sem acesso à medicação. Nada foi feito. Eles jogam a responsabilidade de uma representação para a outra porque os imigrantes são transferidos para unidades do ICE em Estados diferentes", contou um pai que não quis se identificar. Gomide Filho acrescentou que os consulados estão agilizando a emissão de documentos de viagem para reduzir o tempo de detenção. Compromisso do governo Durante os depoimentos na Câmara, representantes do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) e do Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) reafirmaram que a prioridade do governo em assegurar acolhimento humanizado aos deportados dos EUA. Em janeiro, o primeiro grupo de brasileiros deportados relatou condições degradantes durante o voo de repatriação, como o uso de algemas e correntes e longa espera em aeronaves sem ventilação adequada. O governo brasileiro considerou o episódio uma violação de direitos humanos e um desrespeito a acordos bilaterais. Segundo Ana Maria Gomes Raietparvar, do MDHC, 2.230 brasileiros deportados já foram acolhidos até o momento – 83% homens e 17% mulheres. Ela explica que predominância masculina "deve-se à estratégia do governo norte-americano de deportar pais de família, com a expectativa de que o restante do grupo retorne voluntariamente". “São histórias muito comuns de famílias separadas pela deportação, com pessoas em tratamento de saúde nos Estados Unidos, sem que isso seja levado em conta pelos agentes imigratórios”, relatou Ana, que chefia o setor de promoção dos direitos de migrantes, refugiados e apátridas. Segundo Ana, 40% dos deportados cursaram o ensino médio e 9% têm ensino superior completo. “Nos Estados Unidos, 79% relataram trabalhar oito horas por dia ou mais, geralmente em empregos precarizados”, afirmou. A maioria dos repatriados tem entre 18 e 29 anos, faixa etária em que se concentram os casos mais graves de abalo emocional e saúde mental. O atendimento é realizado pelo programa "Aqui é Brasil", que "acompanha os deportados desde a chegada ao aeroporto até a reintegração social". É expressamente proibida a reprodução total ou parcial deste material sem a autorização da MANCHETE USA. Todos os textos estão protegidos por copyright. Reproduções autorizadas devem conter crédito de AUTORIA para MANCHETE USA ( mancheteusa.com )
- Estados processam governo Trump por corte de ajuda alimentar
42 milhões de pessoas devem ficar sem auxílio-alimentação a partir de novembro NOVA YORK - Vinte e cinco Estados entraram na Justiça contra a administração de Donald Trump para impedir o corte no programa de combate à fome mais extenso dos Estados Unidos. Com a paralisação do governo americano entrando em sua quarta semana, cerca de 42 milhões de americanos, aproximadamente uma em cada dez pessoas no país, enfrentam a possibilidade de perder o acesso ao auxílio-alimentação no próximo mês. O Programa de Assistência Nutricional Suplementar (SNAP, na sigla em inglês), comumente referido como food stamps deve ficar sem dinheiro em 1º de novembro, de acordo com a Secretária de Agricultura Brooke Rollins, que alertou que “milhões e milhões de famílias vulneráveis” podem passar fome em breve. A administração Trump e os democratas trocaram acusações no Congresso, e, no fogo cruzado, estão as famílias mais vulneráveis do país. O fundo de contingência de emergência do SNAP atualmente detém cerca de US$ 6 bilhões, mas o programa precisa de US$ 8,1 bilhões para cobrir os benefícios de novembro. Sem novo financiamento, o USDA diz que terá que suspender todos os pagamentos inteiramente. Dezessete Estados já pararam de aceitar novas inscrições. Os vinte e cinco Estados - entre eles Massacusetts, Nova York e Pensilvância - que integram a ação contra o governo anunciaram na semana que os pagamentos do SNAP de novembro podem não ser emitidos, criando ansiedade entre as famílias de baixa renda que dependem de seus depósitos mensais para alimentação. Outros programas de segurança social, como o WIC, um provedor chave de alimentos para mulheres grávidas e bebês, evitaram por pouco o colapso no início do mês, mas foram redirecionados US$ 300 milhões em receita de tarifas. O SNAP apoia seis vezes mais pessoas. Uma vez que a crise de financiamento seja resolvida, o SNAP, que apoia seis vezes mais pessoas que o WIC, virá com novas restrições. Adultos entre 18 e 64 anos sem crianças pequenas devem trabalhar, ser voluntários ou participar de pelo menos 20 horas de programas de educação ou treinamento por semana ou arriscam perder os benefícios após três meses. As novas regras também encerram as isenções para veteranos. O que é o SNAP, o maior programa de combate à fome dos EUA O SNAP existe desde 1961 e há muito tempo é um dos programas de combate à pobreza mais eficientes e eficazes na América, com quase metade de todos os beneficiários menores de 18 anos, e mais de 70% dos benefícios vão para famílias com idosos ou pessoas com deficiência. ** Com Agências **
- Popularidade de Trump cai e parte dos americanos desaprova custo de vida, aponta pesquisa
Aprovação de Trump caiu 2 pontos percentuais em relação à última pesquisa WASHINGTON - A taxa de aprovação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, caiu nos últimos dias, igualando o nível mais baixo de seu mandato, e mais americanos desaprovam sua forma de lidar com o custo de vida, segundo uma nova pesquisa Reuters/Ipsos. O levantamento, realizado ao longo de três dias e concluído no domingo (26), mostrou que 40% dos americanos aprovam o desempenho do líder republicano, em comparação com 42% em uma pesquisa Reuters/Ipsos realizada entre 15 e 20 de outubro. A popularidade de Trump tem se mantido dentro de um ou dois pontos percentuais do nível atual em todas as pesquisas Reuters/Ipsos desde meados de maio. A parcela de pessoas que dizem desaprovar seu desempenho aumentou, de 52% em uma pesquisa de 16 a 18 de maio para 57% na mais recente. O presidente venceu a eleição do ano passado com promessas de combater o aumento da inflação que prejudicou seu antecessor, o democrata Joe Biden. No entanto, os americanos avaliam Trump muito mal quanto à forma como tem administrado os custos que pesam sobre os lares dos EUA — o dobro de pessoas desaprova sua gestão do custo de vida em relação às que a aprovam. O ritmo da inflação aumentou desde que Trump assumiu o cargo em janeiro, mesmo com o enfraquecimento do mercado de trabalho, o que levou o banco central do país a reduzir as taxas de juros. Reação pública ao "shutdown" Os resultados da pesquisa sugerem que muitos americanos têm apenas preocupações moderadas com a paralisação do parcial do governo (“shutdown”), a segunda mais longo da história dos Estados Unidos, que deixou milhares de funcionários federais temporariamente afastados. Cerca de 29% disseram que não se importavam ou ficaram satisfeitos com o teve pouco ou nenhum impacto em suas vidas. Embora os republicanos de Trump controlem a maioria em ambas as Casas do Congresso, os democratas têm bloqueado projetos de lei de gastos no Senado dos EUA, prometendo manter sua posição até que os republicanos concordem em prorrogar os subsídios de seguro de saúde que expiram no final do ano. A posição do Partido Democrata parece contar com apoio significativo: 73% dos americanos entrevistados querem que os subsídios continuem, apesar dos argumentos de que isso aumentará o déficit orçamentário federal — número praticamente inalterado em relação a uma pesquisa realizada no início do mês. A pesquisa, conduzida on-line, entrevistou 1.018 eleitores americanos em todo o país, com margem de erro de 3 pontos percentuais para as opiniões do público em geral e 6 pontos percentuais para as opiniões de republicanos e democratas. ** Com Reuters **
- Senado dos EUA aprova medida que bloqueia tarifas de Trump para o Brasil
Cinco republicanos votaram com os democratas para colocar fim ao tarifaço contra produtos brasileiros WASHINGTON - O Senado dos Estados Unidos votou por 52 a 48 para aprovar uma medida que bloqueia as tarifas do presidente Donald Trump sobre o Brasil, com um punhado de republicanos se aliando aos democratas na reprovação de uma peça central da agenda econômica da Casa Branca. Cinco senadores republicanos votaram a favor da resolução: Lisa Murkowski, do Alasca; Susan Collins, do Maine; Rand Paul e Mitch McConnell, do Kentucky; e Thom Tillis, da Carolina do Norte. Todos os democratas votaram a favor. A resolução sobre o Brasil agora segue para a Câmara, onde os líderes republicanos endureceram as regras processuais para bloquear as votações em plenário sobre contestações tarifárias até março do ano que vem A medida, liderada pelo senador Tim Kaine, do Partido Democrata, encerraria a imposição de tarifas sobre produtos brasileiros por Trump sob uma lei de poderes emergenciais. Ainda esta semana, espera-se que o Senado considere medidas semelhantes para bloquear as tarifas de 35% de Trump sobre produtos canadenses e suas tarifas de 10% a 50% sobre importações de outros países. A votação ocorreu após um tenso almoço a portas fechadas na tarde de terça-feira, 28, no qual o vice-presidente JD Vance enfrentou resistência de senadores republicanos em relação às novas propostas que o governo vem considerando para quadruplicar as importações de carne bovina argentina. Vance havia comparecido para pedir união em relação ao comércio e manter os senadores alinhados antes da votação sobre as tarifas, mas, em vez disso, enfrentou uma enxurrada de reclamações de legisladores de estados agrícolas que disseram que o plano já estava causando preocupação entre os produtores de gado em seus distritos. Muitos republicanos expressaram reservas sobre as tarifas de Trump, e a Suprema Corte deve ouvir em breve os argumentos sobre se Trump extrapolou seus poderes ao impor tarifas para o mundo todo. Paul, um dos coautores da medida sobre o Brasil, disse que Trump estava invadindo o poder do Congresso sobre a tributação ao reivindicar o "direito unilateral de cobrar impostos de importação" e afirmou que as tarifas do presidente estavam se baseando em uma "emergência fabricada". Em declarações à imprensa sobre seus colegas republicanos, ele disse: "É uma meta muito difícil de alcançar até que eles votem contra o presidente". ** Com AE **
- Furacão Melissa chega em Cuba após deixar rastro de destruição na Jamaica
Autoridades jamaicanas não têm dados oficial sobre vítimas do Melissa MIAMI - O furacão Melissa enfraqueceu para a categoria 3 pouco antes de atingir, nesta quarta-feira, 29, a costa leste de Cuba após deixar um lastro de destruição ao passar pela Jamaica na categoria 5 como a maior tempestade da história. De acordo com o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC), o fenômeno se aproxima da província de Santiago de Cuba com ventos máximos sustentados de cerca de 205 km/h e rajadas ainda mais fortes. O Melissa deve manter a intensidade ao se deslocar por Cuba, pelas Bahamas e nas proximidades de Bermudas, indicou o último boletim. A passagem prolongada por terra enfraqueceu parte da força da tempestade, que foi rebaixado para categoria 4 quando começou a se afastar da costa norte da Jamaica, ainda na tarde de terça-feira. Antes de se enfraquecer, Melissa provocou dez mortes: três na Jamaica, três no Haiti, três no Panamá e uma na República Dominicana. A extensão dos danos na Jamaica ainda não é conhecida, já que muitas áreas permanecem isoladas. O ministro Desmond McKenzie afirmou que a paróquia de St. Elizabeth está "submersa" e que o governo ainda não tem dados oficiais sobre mortes relacionadas à tempestade. Mais de 500 mil pessoas, cerca de um sexto da população, ficaram sem energia elétrica, e 15 mil buscavam abrigo em centros de emergência, segundo autoridades jamaicanas. ** Com Agências **
- Imprensa internacional repercute operação policial no Rio: 'Pior dia de violência'
Civis e policiais morreram na operação contra o tráfico em duas comunidades do Rio de Janeiro NOVA YORK - Vários veículos da imprensa internacional destacaram a megaoperação das Polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro contra a facção Comando Vermelho nos complexos do Alemão e da Penha, que matou pelo menos 64 pessoas, incluindo quatro policiais. O jornal britânico The Guardian disse que se trata do "pior dia de violência da história do Rio". "A operação policial realizada antes do amanhecer [de terça-feira (28/10)] — a mais sangrenta da história do Rio — desencadeou intensos tiroteios dentro e ao redor das favelas do Alemão e da Penha, que abrigam cerca de 300 mil pessoas", afirmou o jornal. O Guardian também afirmou que pela primeira vez o Comando Vermelho teria usado drones armados para lançar explosivos contra equipes das forças especiais. E destacou que o número de armas apreendidas sinaliza que o grupo está fortemente armado. "Mais de 80 pessoas foram presas e pelo menos 93 fuzis automáticos foram apreendidos. As armas são um sinal do poderoso arsenal que os traficantes de drogas do Rio acumularam desde que começaram a dominar as favelas no final da década de 1980", afirma a reportagem. O jornal britânico Financial Times também destacou a operação "mais letal da história da cidade" em uma reportagem. "A operação nos complexos de favelas do Alemão e da Penha, na zona norte da cidade, evidencia o crescente problema do crime organizado no Brasil e em toda a região", afirma o texto. "A ação ocorreu dias antes de o Rio de Janeiro sediar eventos relacionados à COP30, a cúpula climática que acontecerá no porto amazônico de Belém no próximo mês." O jornal também destacou que "o aumento do consumo de cocaína na Europa e nos EUA impulsionou a expansão dos cartéis de narcotráfico sul-americanos, cujas conexões transnacionais alarmaram as autoridades". A reportagem também lembra que o governo do presidente dos EUA, Donald Trump, priorizou o combate ao fluxo de narcóticos da América Latina, com ataques a barcos no litoral do continente. "Autoridades do governo Trump informaram seus homólogos brasileiros no início deste ano que Washington estava considerando designar o Comando Vermelho e o Primeiro Comando da Capital (PCC) de São Paulo como organizações terroristas", diz o Financial Times. O jornal americano The New York Times destacou a declaração do governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro, de que a operação foi contra "narcoterroristas". "A declaração do governador ecoou um termo que se tornou central na campanha contínua do presidente Trump contra o narcotráfico na América Latina", diz a reportagem do New York Times. "No Brasil, isso foi visto por alguns como uma tentativa de Castro, um aliado de extrema-direita do ex-presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, de obter vantagens políticas com a questão do crime organizado, um importante tema de debate entre os conservadores." O jornal também lembrou que EUA e Brasil estão em um processo de negociação do tarifaço imposto pelo governo Trump, e que essas conversas são lideradas pelo secretário de Estado, Marco Rubio — a mesma autoridade americana encarregada de lidar com as operações contra traficantes na América Latina. O New York Times também destacou os amplos efeitos da operação no cotidiano da cidade. "A violência de terça-feira se espalhou para outras áreas da periferia operária do Rio; membros de gangues retaliaram usando ônibus para bloquear ruas. Universidades cancelaram aulas, empresas de ônibus retiraram suas frotas e importantes vias, incluindo uma que leva ao aeroporto internacional da cidade, foram fechadas", noticiou. O jornal espanhol El País destacou que a violência foi grande até mesmo para uma cidade que já está "acostumada à violência". "O Rio de Janeiro, destino turístico, antiga capital e lar de seis milhões de pessoas, é simultaneamente uma cidade de grande desigualdade e acostumada à violência, mas os níveis de força empregados na terça-feira foram extraordinários até mesmo para os moradores locais", escreveu o jornal espanhol. "O enorme contingente policial foi recebido com intenso tiroteio por membros do Comando Vermelho, que chegaram a lançar granadas de drones contra os policiais." O jornal afirma que "o derramamento de sangue no Rio ocorreu justamente quando o Brasil se prepara para sediar a COP30, a cúpula global sobre mudanças climáticas, que começa na próxima semana em Belém, na Amazônia, a mais de 3 mil quilômetros de distância". O El País também afirma em sua reportagem que "a polícia brasileira é considerada uma das mais letais do mundo". "Cerca de 10% das mortes violentas são atribuídas a policiais. A polícia do Rio, tanto municipal quanto estadual, destaca-se nacionalmente há anos por seu alto índice de mortalidade. O uso crescente de câmeras corporais tem contribuído para a redução de mortes em confrontos armados com criminosos", afirma a reportagem. ** Com BBC **
- Governo Trump deporta 500 mil imigrantes
Saldo é bem inferior ao estipulado pela administração republicana WASHINGTON - O Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos (DHS) anunciou nesta segunda-feira, 27, que deportou mais de meio milhão de imigrantes sem documentação desde o início do segundo mandato do presidente Donald Trump, em janeiro. Os dados incluem deportações realizadas por diversas agências, abrangendo também pessoas que foram barradas na fronteira ou em portos de entrada e que nunca chegaram a residir nos Estados Unidos. Internamente, autoridades do governo continuam frustradas com o ritmo das prisões e deportações de imigrantes, que ficam aquém da meta imposta pela Casa Branca de um milhão de deportações por ano. “Diante de um número histórico de liminares emitidas por juízes ativistas e de ameaças às forças de segurança, o DHS, o ICE (Serviço de Imigração e Alfândega dos EUA) e a CBP (Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA) não apenas fecharam a fronteira, mas alcançaram avanços históricos para cumprir a promessa do presidente Trump de prender e deportar estrangeiros ilegais que invadiram nosso país”, disse a porta-voz do Departamento de Segurança Interna, Tricia McLaughlin, em comunicado. O DHS também tem destacado repetidamente seus esforços para incentivar pessoas a deixarem o país voluntariamente — veiculando campanhas publicitárias multimilionárias e oferecendo incentivos financeiros. ** Com Agências **
- Controladores de voo dos EUA buscam empregos secundários em meio a ‘shutdown’
Falta de pessoal nos aeroportos causa atrasos e cancelamentos de voos WASHINGTON - A Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) está com cerca de 3,5 mil controladores de tráfego aéreo abaixo dos níveis de pessoal desejados, com muitos já cumprindo horas extras obrigatórias e semanas de seis dias mesmo antes da paralisação. A escassez de pessoal durante a paralisação do governo, que já dura 28 dias, tem repetidamente prejudicado a indústria da aviação, com quase 7 mil voos atrasados na segunda-feira e 8,8 mil no domingo. Cerca de 13 mil controladores de tráfego aéreo e 50 mil agentes da Administração de Segurança de Transportes (TSA) precisam trabalhar sem pagamento após um impasse orçamentário entre republicanos e democratas no Congresso, que provocou a paralisação. O secretário de Transportes, Sean Duffy, afirmou que os controladores estão conseguindo empregos como entregadores ou motoristas de Uber para conseguir se manter financeiramente. Daniels disse que a falta de pagamento é uma distração perigosa e que “a cada dia que essa paralisação se arrasta, o sistema se torna menos seguro.” Em 2019, durante uma paralisação de 35 dias, durante o primeiro mandato de Donald Trump, o número de ausências de controladores e agentes da TSA aumentou à medida que os trabalhadores não recebiam salários, estendendo os tempos de espera em alguns pontos de verificação dos aeroportos. As autoridades foram obrigadas a reduzir o tráfego aéreo em Nova York e Washington. ** Com Reuters **
- Confiança do consumidor dos EUA cai em outubro com temores sobre emprego
Comerciantes recorrem a promoções para alavancar vendas WASHINGTON - A confiança do consumidor dos Estados Unidos diminuiu em outubro em meio às preocupações das famílias com a disponibilidade de empregos nos próximos seis meses e com a persistência de preços mais altos devido às tarifas sobre as importações. O Conference Board informou nesta terça-feira, 28, que seu índice de confiança do consumidor caiu para 94,6 neste mês, em comparação com 95,6 em setembro em dado revisado para cima. Economistas consultados pela Reuters previam que o índice cairia para 93,2, em comparação com 94,2 registrados inicialmente em setembro. "Os consumidores estavam um pouco mais pessimistas em relação à disponibilidade futura de empregos e às condições futuras dos negócios, enquanto o otimismo em relação à renda futura recuou ligeiramente", disse Stephanie Guichard, economista sênior de indicadores globais do Conference Board. ** Com Reuters **
- Kamala Harris diz que pode concorrer à presidência dos EUA de novo
Kamala Harris mostrou-se rápida, até mesmo ansiosa, em se colocar no cenário para outra tentativa de poder WASHINGTON - A ex-vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, disse que pode concorrer de novo à Casa Branca em sua primeira entrevista no Reino Unido neste fim de semana. Harris admitiu à BBC que "possivelmente" será presidente um dia e está confiante de que haverá uma mulher na presidência dos EUA no futuro. Ao dar a indicação mais forte até o momento de que tentará a presidência em 2028, após perder para Donald Trump no ano passado, Harris desmentiu as pesquisas que a colocam atrás na corrida para se tornar a escolha dos democratas para a próxima eleição. Em entrevista à jornalista Laura Kuenssberg, Harris também voltou sua atenção para seu antigo rival, ao rotular Trump de "tirano" e dizer que os alertas que fez sobre ele durante a campanha eleitoral se provaram corretos. Enquanto o Partido Democrata busca respostas sobre a vitória do republicano Donald Trump há um ano, grande parte da culpa tem sido atribuída ao ex-presidente Joe Biden, por não ter renunciado à candidatura antes. Mas também surgiram dúvidas sobre se Harris poderia ter conduzido uma campanha melhor e transmitido uma mensagem mais clara sobre a questão mais importante: a economia. Ao responder sobre as probabilidades que a colocam como uma azarona para conquistar uma vaga na chapa democrata — atrás até do ator de Hollywood Dwayne "The Rock" Johnson — ela disse que nunca deu atenção às pesquisas. "Se eu ouvisse as pesquisas, não teria me candidatado ao meu primeiro ou segundo cargos — e certamente não estaria aqui." Harris também disse acreditar que as previsões que fez sobre Donald Trump se comportar como fascista e comandar um governo autoritário se concretizaram. "Ele disse que usaria o Departamento de Justiça como arma — e fez exatamente isso." Ela destacou a suspensão do comediante Jimmy Kimmel pela ABC após ele fazer uma piada sobre a reação republicana à morte do influenciador de direita Charlie Kirk. "Veja o que aconteceu em termos de como ele usou como arma, por exemplo, agências federais que perseguem satiristas políticos... Sua pele é tão sensível que ele não suportaria críticas de uma piada e tentou fechar uma organização de mídia inteira no processo", observou Harris Em tempo: A suspensão de Kimmel, comemorada por Trump, ocorreu depois que o órgão regulador nomeado por Trump ameaçou as emissoras que transmitiam o programa do comediante. Harris também criticou duramente líderes empresariais e instituições americanas que, na opinião dela, se curvaram com muita facilidade às exigências do atual presidente. "Há muitos que capitularam desde o primeiro dia, que estão se ajoelhando diante de um tirano, acredito que por muitas razões, incluindo o desejo de estar ao lado do poder, talvez porque queiram aprovar uma fusão ou evitar uma investigação." A Casa Branca foi indiferente quando questionada sobre os comentários de Harris sobre Trump. "Quando Kamala Harris perdeu a eleição por uma margem avassaladora, ela deveria ter entendido a indireta: o povo americano não se importa com suas mentiras absurdas", disse a porta-voz Abigail Jackson. "Ou talvez ela tenha entendido a indireta e seja por isso que continua a expor suas queixas a publicações estrangeiras." Harris acaba de publicar o relato de sua campanha atribulada no livro 107 Days ("107 Dias", em tradução livre) , cujo título remete ao tempo que lhe restava para concorrer à presidência após a desistência de Biden, após meses de especulação sobre a saúde mental do então presidente. A BBC perguntou diversas vezes se Harris deveria ter insistido para que Biden desistisse antes, para que ela pudesse assumir a candidatura democrata com mais tempo. A reportagem também questionou o quanto ela realmente sabia sobre a saúde de Biden. Outra pergunta importante: ela seria presidente agora, se Biden tivesse desistido antes? Para todos os questionamentos, as respostas de Harris refletiram a imprevisibilidade: um grande "se" que poderia ter mudado o destino dos EUA. Entre os democratas em busca de autoanálise, a candidatura de Harris é frequentemente menosprezada, e suas fraquezas como líder são apontadas como os motivos da derrota — e não apenas a natureza de última hora da decisão de Biden. Quando questionada sobre o que deu errado, em vez de mergulhar em uma análise profunda, Harris alega que começou a campanha tão tarde que era quase impossível vencer. Mas, como uma ex-promotora da Califórnia, a possibilidade de poder é algo que ela não está disposta a deixar para trás. Insinuações anteriores sobre a futura ambição presidencial pareciam tímidas, evasivas — "talvez sim, talvez não" ou "não estou me concentrando nisso agora" foram respostas que ela havia dado até então. Durante a entrevista à BBC, Harris mostrou-se rápida, até mesmo ansiosa, em se colocar no cenário para outra tentativa de poder. Mas ela não chegou a assumir qualquer compromisso concreto. Isso pode ser surpreendente, dada a natureza profundamente dolorosa de uma derrota que ela descreveu como traumatizante. Ela e sua equipe ficaram devastadas com a derrota, que foi encarada como uma surpresa. Quando o resultado da derrota foi confirmado, Harris relata que só conseguia repetir: "Meu Deus, meu Deus, o que vai acontecer com o nosso país?" A tentativa de Harris em explicar a derrota se concentra em quão estreita foi a diferença de votos reais entre ela e Trump. O voto popular foi, de fato, muito apertado, com uma diferença abaixo de 2%. No entanto, Harris foi derrotada por Trump no importantíssimo colégio eleitoral, onde cada Estado tem um certo número de votos que se somam. Harris também estava disposta a dar dicas contundentes sobre o próprio futuro dela. Mas há menos disposição da ex-vice-presidente, ou de qualquer outro democrata sênior, em lidar com os dilemas de longo prazo do partido. Quando questionada sobre por que sua campanha não se conectou melhor com os trabalhadores, Harris disse que precisava de mais tempo para isso e apontou para um antigo afastamento desse grupo do partido. Ela lamenta não ter tido tempo suficiente em 2024 para apresentar sua própria proposta sobre questões básicas como moradia ou assistência à infância. Mas se tiver mais tempo numa próxima ocasião, ela está longe de garantir que seus argumentos seriam mais convincentes ou bem recebidos. Kamala Harris ainda viaja com os adereços de uma comitiva. Assessores observam ansiosamente o relógio enquanto cada minuto dela é planejado com precisão militar.Viagens ininterruptas, eventos coreografados em diferentes capitais, um pequeno número de entrevistas para a TV cuidadosamente planejadas. Desta vez, Harris está a caminho de uma turnê de divulgação de um livro, não de uma corrida presidencial. Mas talvez, se ela conseguir o que quer, este seja o início de outra campanha, afinal. ** Com BBC **
- Trump deseja feliz aniversário a Lula e adota cautela sobre possível acordo com Brasil
Acordo comercial entre EUA e Brasil ainda depende de negociação WASHINGTON - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, desejou feliz aniversário ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que faz 80 anos nesta segunda-feira, 27, enquanto falava sobre a chance de ser feito um acordo pela redução das tarifas do Brasil. O republicano não antecipou se será possível fazer um acerto, mas voltou a elogiar a reunião que teve com o petista na Malásia e o chamou de "vigoroso". "Tivemos uma boa reunião. Vamos ver o que acontece. Não sei se alguma coisa vai acontecer, mas vamos ver. Eles gostariam de fazer um acordo. Vamos ver —agora eles estão pagando acho que 50% de tarifa. Mas tivemos uma ótima reunião", disse Trump, durante entrevista a jornalistas a bordo do seu avião presidencial a caminho do Japão, onde tem encontro com o imperador. "E feliz aniversário. Quero desejar um feliz aniversário ao presidente, certo? Hoje é o aniversário dele. Ele é um cara muito vigoroso, na verdade, e foi muito impressionante, mas hoje é o aniversário dele, então feliz aniversário", completou o presidente americano, fez 79 anos em junho. Reunião Os dois líderes tiveram uma reunião de cerca de 45 minutos no domingo (26), à margem da cúpula da Asean (Associação das Nações do Sudeste Asiático). Depois do encontro, a Casa Branca publicou uma foto de ambos com a legenda "é uma grande honra estar com o presidente do Brasil". A foto e o gesto são inflexões em relação ao tom agressivo usado pelos EUA ao mencionar o Brasil neste ano. Lula contou que, no encontro, pediu que Trump pause as tarifas de 50% aplicadas a produtos brasileiros, assim como suspenda as punições implementadas contra autoridades. O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), recebeu uma sanção financeira pela Lei Magnistky, e outros magistrados e integrantes da corte perderam o visto ao país. As medidas foram impostas sob a justificativa dos EUA de que o STF tomou decisões que censuram cidadãos americanos e porque avaliam haver uma perseguição ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em entrevista a jornalistas nesta segunda no horário da Malásia, Lula afirmou que está convencido de que nos próximos dias o Brasil terá uma solução em relação às tarifas impostas por Trump. O petista disse ainda que o encontro serviu para esclarecer equívocos. "Ele garantiu que vai ter acordo", declarou, referindo-se a Trump. O presidente também afirmou que Bolsonaro é passado na política brasileira. "E eu ainda disse para ele: com três reuniões que você fizer comigo, você vai perceber que o Bolsonaro era nada, praticamente. Era porque eu não converso em tom pessoal, eu converso em tom político, de interesse do meu país", afirmou. O brasileiro ainda adicionou "rei morto, rei posto". "Eu disse pra ele que o julgamento foi um julgamento muito sério, com provas muito contundentes, nenhuma prova da oposição. A prova é tudo de relato das pessoas que estão sendo julgadas", declarou Lula aos jornalistas da imprensa brasileira e internacional. **Com Ag. Folha**
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