Resultados de busca
835 resultados encontrados com uma busca vazia
- Trump acena a democratas em meio a impasse orçamentário
WASHINGTON - Com o fechamento parcial do governo dos Estados Unidos se aproximando de uma semana, o presidente Donald Trump deu sinais de ceder nesta segunda-feira, 6, ao enviar mensagens contraditórias sobre o andamento das conversas com os democratas a respeito de sua principal exigência. Após dias afastado das negociações, Trump afirmou estar disposto a discutir com os democratas os subsídios de saúde — ponto central do impasse — para encerrar o bloqueio orçamentário, chegando a sugerir que as tratativas já haviam começado. As declarações marcaram uma mudança de tom depois de dias em que republicanos vinham sustentando que só considerariam a extensão dos subsídios do Obamacare depois que os democratas aprovassem a reabertura do governo. O líder democrata no Senado, Chuck Schumer, reagiu rapidamente, dizendo em nota que, embora não houvesse conversas em andamento, “se ele finalmente estiver pronto para trabalhar com os democratas, estaremos à mesa”. Horas depois, Trump recuou. “Estou disposto a trabalhar com os democratas em suas fracassadas políticas de saúde, ou em qualquer outra coisa, mas antes eles precisam permitir que nosso governo reabra”, escreveu em uma rede social. Mesmo assim, o simples fato de o presidente admitir a possibilidade de negociar indicou aumento da pressão dentro da Casa Branca, enquanto servidores federais se preparam para perder o pagamento e pesquisas mostram que os republicanos são vistos como os principais responsáveis pelo impasse. No Congresso, porém, a incerteza permaneceu. Parlamentares de ambos os partidos terminaram o dia sem saber se as declarações de Trump representavam uma abertura real ou apenas mais um movimento retórico que deixava tudo como estava. No curto prazo, nada mudou em Washington. No fim do dia, o Senado realizou a quinta votação de um projeto para manter o governo aberto até 21 de novembro. Assim como nas quatro tentativas anteriores, a proposta foi rejeitada. Disputa por vantagem política As declarações de Trump foram o primeiro sinal de movimento após dias de paralisia. Até então, ele vinha repetindo o discurso republicano que culpava os democratas pela paralisação. O presidente também reiterou que pretendia aproveitar o fechamento para demitir milhares de servidores federais — normalmente dispensados temporariamente durante shutdowns —, mas não apresentou um cronograma, limitando-se a dizer que “em algum momento” isso levará a cortes permanentes. A paralisação suspendeu os serviços públicos não essenciais, deixou centenas de milhares de americanos sem salário e restringiu o acesso a serviços governamentais. A pressão tende a crescer à medida que servidores deixarem de receber em 10 de outubro e militares ficarem sem pagamento em 15 de outubro. Mais cedo, a porta-voz Karoline Leavitt afirmou que Trump tem mantido contato com líderes republicanos, mas disse não ter conhecimento de qualquer aproximação com democratas. Republicanos da Câmara e do Senado acreditam ter vantagem na disputa de narrativa e, por isso, não veem motivo para negociar. A posição do partido é quase unânime: o governo precisa reabrir antes que se iniciem conversas sérias sobre saúde. Os democratas, por sua vez, defendem que qualquer medida para reabrir o governo deve incluir a renovação dos subsídios do Affordable Care Act, que expiram no fim de 2025, além da reversão de cortes no Medicaid incluídos na lei orçamentária sancionada por Trump em seu segundo mandato. “Nada para negociar” “Não há nada para negociar. A Câmara já fez sua parte”, declarou o presidente da Câmara, Mike Johnson, republicano da Louisiana. O líder da maioria no Senado, John Thune, de Dakota do Sul, afirmou que pretende continuar colocando em votação o mesmo projeto aprovado pela Câmara até que os democratas cedam. Segundo ele, a fala de Trump apenas reforça que o presidente está disposto a negociar “quando o governo estiver aberto” — posição alinhada à sua e à de Johnson. Vários republicanos indicaram ainda que, em negociações futuras, pretendem atrelar os subsídios a “reformas” na lei de saúde — medidas não detalhadas, mas que podem incluir restrições à elegibilidade dos beneficiários. Democratas pediram que o partido rival reavalie sua postura. A senadora Patty Murray, de Washington, afirmou em uma rede social que “o único caminho possível” começa com Johnson e Thune dialogando com seus pares democratas. “Precisamos de um acordo que reabra o governo e impeça a duplicação dos prêmios de seguro”, escreveu. Thune reconheceu que há opiniões divergentes entre republicanos sobre o Obamacare e que qualquer solução dependerá, no fim, da decisão da Casa Branca. Cresce a pressão O líder republicano também disse duvidar que os democratas cedam apenas com a promessa de uma votação futura. “Eles querem um resultado garantido”, afirmou. Mesmo com a resistência das lideranças, parlamentares republicanos de base discutem possíveis saídas. A senadora Susan Collins, do Maine, disse estar em conversas informais sobre um compromisso que incluiria novos limites de renda, mas reforçou que o governo precisa reabrir antes de qualquer acordo. “Há algumas conversas” com democratas, disse o senador Markwayne Mullin, de Oklahoma. “Trump é o mestre dos acordos. Ele quer fazer um acordo.” Acrescentou, porém: “Mas não estamos negociando a reabertura do governo.” À medida que o tempo passa, a pressão aumenta. A deputada Marjorie Taylor Greene, republicana da Geórgia conhecida por sua postura linha-dura, afirmou que seus filhos adultos enfrentarão prêmios de seguro que podem dobrar se os créditos fiscais não forem renovados e criticou a falta de uma estratégia do partido para conter o aumento dos custos. Em uma publicação nas redes sociais, Greene classificou a situação atual como “vergonhosa”, dizendo que “nossas leis e políticas prejudicam tanto o povo americano que o governo está fechado neste momento por causa de questões básicas como essa”. ** Com Bloomberg **
- Trump oferece US$ 2,5 mil a crianças imigrantes que deixarem os EUA
Prêmio está disponível para crianças a partir de 14 anos WASHINGTON - Os Estados Unidos estam oferecendo um prêmio único de US$ 2,5 mil a crianças imigrantes que regressem voluntariamente aos seus países de origem, segundo uma carta enviada na sexta-feira, 3, a abrigos e confirmada por autoridades americanas de imigração. Segundo o documento, enviado pelo Escritório de Reassentamento de Refugiados do Departamento de Segurança Interna, o "auxílio único de realocação" é válido para menores desacompanhados a partir dos 14 anos de idade, mas não incluirá cidadãos mexicanos a menos que eles já tenham se comprometido a deixar os EUA antes. A oferta será feita primeiro a adolescentes de 17 anos, segundo comunicado do ICE "Qualquer pagamento para apoiar a repatriação será feito após a autorização de um juiz de imigração e depois que o indivíduo tiver chegado ao seu país de origem", informou o órgão. Por lei, crianças imigrantes que entram no país sem um pai ou guardião legal são classificadas como desacompanhadas e postas em abrigos federais até que possam ser entregues a um parente ou a cuidadores temporários. Até a quinta-feira (02), mais de 2,1 mil crianças desacompanhadas estavam sob custódia federal, segundo dados do Departamento de Saúde e Serviços Humanos (HHS). Desde 2019, mais de 600 mil menores desacompanhados cruzaram a fronteira do México com os EUA, segundo o governo americano. A oferta da Casa Branca para a "deportação voluntária" de crianças foi criticada por defensores de direitos humanos. A presidente da ONG Kids in Need of Defense, Wendy Young, falou em "tática cruel". "Crianças desacompanhadas que buscam segurança nos EUA merecem nossa proteção em vez de serem coagidas a concordar em voltar às mesmas condições que colocaram suas vidas e segurança em risco." Já Melissa Adamson, do National Center for Youth Law, afirmou que o prêmio de US$ 2,5 mil pode ser a maior quantia de dinheiro que essas crianças já viram em suas vidas, o que tornaria difícil para elas avaliar os riscos de longo prazo de uma deportação voluntária ou de brigar na Justiça para tentar permanecer nos EUA. ** Com Agências **
- Paralisação do governo dos EUA entra no 6º dia com ameaça de demissões
Trump ameaça começar as demissões em massa se Congresso não chegar a um acordo WASHINGTON - A paralisação do governo dos Estados Unidos entrou em seu sexto dia nesta segunda-feira, 6, com os republicanos do presidente Donald Trump e os democratas do Congresso ainda em um impasse e a Casa Branca ameaçando aumentar a pressão com demissões em massa de funcionários federais. O Senado, liderado pelos republicanos, deve votar novamente medidas para financiar agências federais, incluindo um projeto de lei provisório republicano aprovado pela Câmara dos Deputados que financiaria as operações até 21 de novembro e uma alternativa democrata. Não se espera que nenhuma delas receba os 60 votos necessários para avançar. Questionado na noite de domingo, 5, quando o governo começaria a demitir funcionários federais, Trump disse: "Está acontecendo agora mesmo". Ele culpou os democratas pelo impasse, mas não entrou em detalhes sobre os planos de demissão. A Casa Branca disse que milhares de pessoas poderiam ser demitidas se a paralisação persistir. O diretor de orçamento de Trump, Russell Vought, já congelou pelo menos US$28 bilhões em fundos de infraestrutura para Nova York, Califórnia e Illinois - todos com populações democratas consideráveis e críticos do presidente. Trump e seus aliados republicanos também provocaram os democratas nas redes sociais com vídeos deepfake que recorrem a estereótipos mexicanos, com imagens que o vice-presidente JD Vance descreveu como uma piada." Mas os líderes democratas não demonstraram nenhum sinal de que irão se submeter às táticas duras da Casa Branca, que causaram desconforto entre alguns republicanos centristas que temem que a abordagem possa tornar o impasse mais difícil de ser superado. "O que vimos foi uma negociação por meio de vídeos deepfake, a Câmara cancelando votações e, é claro, o presidente Trump passando o dia de ontem no campo de golfe. Isso não é um comportamento responsável", disse o líder democrata da Câmara, Hakeem Jeffries, ao programa "Meet the Press" da NBC. A paralisação parcial, a 15ª desde 1981, está empatada como a quarta mais longa da história dos EUA, igualando nesta segunda-feira a duração de seis dias de uma paralisação de 1995 que começou depois que o então presidente Bill Clinton vetou um projeto de lei republicano sobre gastos. A paralisação mais longa durou 35 dias em 2018-2019, durante o primeiro mandato de Trump. ** Com Reuters **
- EUA divulgam esboço de moeda de US$ 1 com Trump para celebrar 250 anos de independência
Imagem do verso da moeda é uma referência ao tiro que Trump recebeu durante a campanha WASHINGTON - O Tesouro dos Estados Unidos divulgou na sexta-feira, 6, um projeto de moeda de US$ 1 com o presidente Donald Trump para comemorar os 250 anos da declaração de independência americana em 2026. A frente do design potencial mostrava Trump de perfil com a palavra "liberdade" acima dele e "1776-2026" abaixo, segundo imagens compartilhadas pelo tesoureiro Brandon Beach no X e posteriormente divulgadas pelo Tesouro. O outro lado da moeda mostrava Trump segurando um punho cerrado erguido, emoldurado pelas palavras "lute, lute, lute" — referência ao que ele disse imediatamente após sobreviver a uma tentativa de assassinato no ano passado — e uma bandeira ao fundo. DEBATE SOBRE LEGALIDADE DO DESIGN "Embora um design final da moeda de US$ 1 ainda não tenha sido selecionado para comemorar o semiquincentenário [250 anos] dos EUA, este primeiro rascunho reflete bem o espírito duradouro de nosso país e democracia, mesmo diante de obstáculos imensos", disse um porta-voz do Tesouro em comunicado. Beach afirmou no X que mais informações seriam divulgadas após o fim da paralisação do governo, que suspendeu muitas operações federais enquanto parlamentares permanecem em impasse sobre um novo projeto de gastos. O Congresso aprovou em 2020 uma lei que permite ao secretário do Tesouro cunhar moedas de US$ 1 em 2026 "com designs emblemáticos do semiquincentenário dos EUA". Um debate rapidamente surgiu nas redes sociais sobre a moeda proposta, já que a lei especifica que "nenhum retrato de cabeça e ombros ou busto de qualquer pessoa, viva ou morta, e nenhum retrato de uma pessoa viva pode ser incluído no design do verso de qualquer moeda" criada para marcar o aniversário do país. O design proposto apresenta uma ilustração mais ampla de Trump no verso, uma medida que especialistas jurídicos afirmaram estar fora da proibição de um "retrato de cabeça e ombros ou busto". Uma lei de 1866 determina que nenhum retrato de pessoa viva pode ser usado em moeda americana, mas isso se refere ao papel-moeda produzido pela Secretaria de Gravura e Impressão. As moedas são cunhadas pela Casa da Moeda dos EUA. Uma disposição de uma lei anterior sobre cunhagem, aprovada pela primeira vez em 1792 e repetidamente alterada pelo Congresso, proíbe a representação de um presidente atual ou ex-presidente vivo, mas essa passagem se aplica a moedas de US$ 1 cunhadas especificamente para homenagear cada um dos presidentes dos EUA, não emitidas por outros motivos, como o 250º aniversário do país. Para marcar as celebrações do bicentenário em 1976, o Tesouro patrocinou uma competição nacional e escolheu para a moeda de US$ 1 um design de um estudante de escultura com o Sino da Liberdade, símbolo da independência americana, e a lua. O outro lado da moeda mostrava o ex-presidente Dwight D. Eisenhower, que morreu em 1969 e se tornou o primeiro presidente a aparecer em uma moeda de US$ 1 em 1971. Questionada na sexta-feira se Trump tinha visto o projeto da moeda, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse: "Não tenho certeza se ele viu, mas tenho certeza de que ele vai adorar". ** Com Reuters **
- Governo dos EUA declara Chicago 'zona de guerra'
Populares estão insatisfeitos com a militarização das ruas de Chicago WASHINGTON - O governo dos Estados Unidos classificou neste domingo, 5, Chicago como "zona de guerra", para justificar o envio de soldados contra a vontade da administração democrata da cidade. Ao mesmo tempo, tropas do estado da Califórnia foram enviadas para o Oregon, apesar do bloqueio dessa medida pela Justiça. A oposição acusa o presidente republicano, que lançou uma ofensiva contra o crime e a imigração, de exercer o poder de forma autoritária. Na noite de ontem, Donald Trump autorizou o envio de 300 soldados da Guarda Nacional para Chicago, terceira maior cidade dos Estados Unidos, apesar da oposição de autoridades locais, incluindo o governador do estado de Illinois, cuja capital é Chicago, J.B. Pritzker. A secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, defendeu a medida neste domingo, afirmando à Fox News que Chicago é "uma zona de guerra". No programa "State of the Union" da CNN, Pritzker acusou os republicanos de tentar semear o caos. "Eles querem criar uma zona de guerra para poder enviar ainda mais tropas. Eles precisam sair daqui o mais rápido possível", disse. Uma pesquisa da CBS publicada neste domingo revelou que uma minoria de americanos, 42%, apoia o envio da Guarda Nacional para as cidades, enquanto 58% se opõem. Trump, que na última terça-feira falou sobre usar o exército para uma "guerra interna", não dá sinais de recuar em sua campanha de linha dura. "Portland está em chamas. Há insurgentes por toda parte", disse ele neste domingo, sem apresentar provas. O presidente da Câmara dos Representantes, o republicano Mike Johnson, reproduziu a retórica do presidente ao declarar no programa "Meet the Press", da NBC, também neste domingo, que as tropas enviadas a Washington, capital dos Estados Unidos, haviam se deslocado para uma "zona de guerra literal". Mobilização no Oregon A campanha de Trump para recorrer ao exército para manter a segurança interna encontrou um obstáculo na noite de ontem em Portland, Oregon, quando um tribunal determinou que o destacamento militar na cidade era ilegal. Ainda assim, a governadora do Oregon, Tina Kotek, anunciou hoje que um contingente de 101 soldados da Guarda Nacional procedente da Califórnia havia sido enviado. "Essa decisão parece ter a intenção de contornar a sentença de ontem de uma juíza federal", disse Tina. "Não há necessidade de uma intervenção militar no Oregon. Não há uma rebelião em Portland." Trump descreveu diversas vezes Portland como uma "cidade devastada pela guerra", mas a juíza federal Karin Immergut emitiu ontem um bloqueio temporário à mobilização, argumentando que "a determinação do presidente simplesmente não corresponde aos fatos". Embora Portland tenha sofrido ataques isolados contra agentes e propriedades federais, o governo Trump não conseguiu mostrar "que esses episódios de violência fazem parte de uma tentativa organizada de derrubar o governo" que justificasse o uso da força militar, afirmou a juíza. Um dos principais assessores de Trump, Stephen Miller, chamou a ordem da juíza de "insurreição legal". O governador da Califórnia, Gavin Newsom, somou-se às críticas em uma mensagem no X, que imitava o estilo do presidente republicano. "ÚLTIMA HORA: Acabamos de vencer no tribunal, de novo", comemorou. "Um juiz federal BLOQUEOU a tentativa ilegal de Donald Trump de DESLOCAR 300 EFETIVOS DAS NOSSAS TROPAS DA GUARDA NACIONAL PARA PORTLAND." "O abuso de poder de Trump não prevalecerá", prometeu Newsom, afirmando que o envio da Guarda Nacional da Califórnia para o Oregon não tem a ver com a criminalidade. "Tem a ver com poder. Ele está usando nossos militares como peões políticos para alimentar seu ego." Tiros em Chicago Além do destacamento de tropas, a ofensiva de Trump é liderada pelo Serviço de Imigração e Controle de Alfândegas (ICE, sigla em inglês), uma agência que cresce rapidamente, tanto em pessoal quanto em funções. As operações do ICE em todo o país, principalmente em cidades governadas por democratas, são frequentemente realizadas por homens mascarados e armados que se deslocam em carros sem identificação e blindados. No sábado, em Chicago, um agente federal atirou contra um motorista que, segundo o Departamento de Segurança Interna (DHS, na sigla em inglês), estava armado e investiu contra uma de suas patrulhas. Em 12 de setembro, agentes do ICE mataram Silverio Villegas González, um imigrante de 38 anos que teria tentado escapar durante uma abordagem de trânsito, quando seu veículo colidiu com uma viatura. ** Com AFP **
- Professor da USP é detido em Massachusetts após disparar arma de chumbinho próximo a sinagoga
Em depoimento, professor disse que estava caçando ratos BROOKLINE - O Tribunal Distrital de Brookline, em Massachusetts, indiciou na quinta-feira, 2, o advogado e professor da USP, Carlos Portugal Gouvêa, por disparo ilegal de arma de chumbinho, conduta desordeira, perturbação da paz e dano malicioso à propriedade pessoal. O brasileiro alega inocência. Gouvêa é acusado de fazer os disparos do lado de fora de uma sinagoga na quarta-feira (1), início do feriado de Yom Kippur, considerado o mais sagrado no judaísmo. A ação gerou pânico no local e resultou na presença de mais de dez policiais. Às autoridades, o professor, que tem 43 anos, teria alegado que estava caçando ratos. Os policiais confirmaram que não havia indícios de que Gouvêa tinha como alvo o templo. Gouvêa leciona direito comercial na USP e é professor visitante da Faculdade de Direito de Harvard. Após o caso, o professor foi afastado de Harvard. As contas em redes sociais do advogado foram derrubadas após o caso, assim como o perfil do IDGlobal (Instituto de Direito Global) do qual ele é membro. A reportagem não conseguiu contato com o docente até a publicação deste texto. ** Com Agências **
- Lula e Trump têm conversa amistosa e combinam encontro presencial em breve
Trump designou Marco Rubio para tratar de assuntos comerciais com o Brasil WASHINGTON - O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, concordaram nesta segunda-feira,6, em se encontrar pessoalmente em breve após a primeira conversa por videoconferência classificada como "em tom amistoso". Na conversa, segundo nota do Palácio do Planalto, os dois concordaram em tentar um encontro durante a Cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean), no final do mês, na Malásia, onde ambos estarão. Lula também se dispôs a vir aos EUA, se necessário. No telefonema, de cerca de 30 minutos, os líderes trataram, segundo o governo brasileiro, das tarifas comerciais impostas pelos EUA a produtos brasileiros e da abertura de negociações entre os dois países. "Recebi, nesta manhã, telefonema do presidente Trump. Conversamos por 30 minutos e relembramos a boa química que tivemos no encontro em Nova York por ocasião da Assembleia Geral da ONU", disse Lula em publicação nas redes sociais. De acordo com uma fonte a par do que foi conversado, a situação do ex-presidente Jair Bolsonaro, que teria sido o estopim para a imposição de tarifas de 50% dos EUA contra as exportações brasileiras, não foi citada, assim como a possibilidade de regulamentação das "big techs" -- outro ponto sensível para Trump. Da mesma forma, a situação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, sobre quem foi aplicada sanção dos EUA sob a Lei Magnitsky, também não foi tema diretamente. Ainda segundo esta fonte, a conversa foi descontraída. Quando Lula reforçou sua disposição de negociar e ressaltou que não tem inimigos, Trump respondeu que ele sim tem. Trump designou o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, como o contato para dar sequência às negociações sobre as tarifas com o vice-presidente Geraldo Alckmin e com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, designados pelo Brasil como negociadores. A abertura de um canal direto é um avanço em relação à política adotada até agora, em que os ministros brasileiros admitiam que os canais de negociação estavam bloqueados. Rubio já havia tido um encontro sigiloso com Mauro Vieira, em Washington, mas depois disso a interlocução havia cessado. "No telefonema, recordei que o Brasil é um dos três países do G20 com quem os Estados Unidos mantêm superávit na balança de bens e serviços. Solicitei ao presidente Trump a retirada da sobretaxa de 40% imposta a produtos nacionais e das medidas restritivas aplicadas contra autoridades brasileiras", disse Lula. Além disso, os dois presidentes "trocaram telefones para estabelecer via direta de comunicação", informou o Palácio do Planalto. A conversa foi acompanhada por Alckmin, Haddad, o ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência, Sidônio Palmeira, e pelo assessor especial da Presidência, embaixador Celso Amorim. Após sair do encontro, Haddad afirmou que a conversa foi "positiva". Em entrevista a jornalistas, Alckmin disse que a conversa foi melhor do que o governo brasileiro esperava. Em uma postagem nas redes sociais, Trump disse que a ligação foi "muito boa", acrescentando que se concentrou nas relações econômicas e comerciais entre os dois países. "Nesta manhã, tive um telefonema muito bom com o presidente Lula, do Brasil. Conversamos sobre muitas coisas, mas focamos principalmente em economia e comércio entre nossos dois países", escreveu Trump na plataforma Truth Social. "Teremos novas discussões e vamos nos reunir em um futuro não tão distante, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. Eu aproveitei a ligação, e nossos países vão se dar muito bem juntos", assegurou o republicano. ** Com Reuters **
- Caçula de família alvo de ação truculenta do ICE está desaparecida
WORCESTER - A ação truculenta do ICE contra uma família brasileira em Worcester, Massachusetts, em maio, continua ganhando traços mais dramáticos após a caçula de 13 anos ter sido dada como desaparecida na semana passada. Desde que Rosane Ferreira de Oliveira, 40 anos, foi presa pelos agentes federais, Karoline Ferreira de Moura estava na casa de amigos sob custódia do Estado. Ela foi vista pela última vez no dia 20 de julho, afirma a Polícia de Worcester. A vereadora Etel Haxhiaj, acusada de agredir policiais ao tentar proteger Rosane na ação há dois meses, compartilhou a foto de Karoline e pede ajuda da população para localizar a adolescente. Rosane segue no Centro de Detenção do Condado de Stafford, em Dover, New Hampshire, de onde luta para ficar nos Estados Unidos através de um pedido de asilo que já estava em andamento antes de sua prisão. Acusação criminal Dois dias antes do desaparecimento da filha, uma acusação criminal que pesa contra Rosane no processo imigratório foi retirada. Na decisão, a promotoria de Worcester afirma que "a testemunha queixosa neste caso não deseja prosseguir" e entende que a acusada está sob custódia federal. Por isso, pede o arquivamento do caso que pode ser reaberto no futuro. Rosane chegou a ficar detida durante dois dias em fevereiro após a polícia ser chamada para atender uma ocorrência doméstica em um sábado. De acordo com o Boletim de Ocorrência, ela teria agredido uma "mulher grávida com um fio de carregador de celular". A vítima seria a filha mais velha Clara Augusta que mais tarde foi usada como isca para prender a mãe. A jovem, que aparece com o bebê no colo nas imagens da ação do ICE, afirma que o incidente no início do ano foi um mal entendido. Armadilha Em entrevista, Clara conta que o marido havia sido preso na véspera da confusão na Eureka Street em Worcester após buzinar no trânsito para um agente do ICE à paisana. No dia 8 de maio, ela estava a caminho do escritório da agência da polícia de imigração em Burlington para assinar papéis e recuperar o carro do companheiro quando foi interceptada pelos agentes federais. Eles não apresentaram um mandado de prisão e disseram que um responsável deveria ficar com o bebê e não poderia ser a irmã de 17 anos que a acompanhava. Clara então chamou a mãe e quando ela chegou também foi avisada que seria presa. Vizinhos intervieram, segundo a jovem, quando os agentes tentaram pegar o seu bebê. Populares também questionaram se havia uma ordem de prisão e queriam impedir a prisão de Rosane que acabou sendo algemada e levada pelo ICE. Mais tarde a justificativa do ICE era de que Rosane estava ilegal no país e tinha passagem pela polícia. A adolescente, que acompanhava a irmã mais velha, se desesperou e acabou sendo presa pela polícia de Worcester que estava no local após ter sido acionada tanto pelos agentes do ICE quanto pela população. Leia também: Adolescente presa ao tentar impedir ICE de levar a mãe está sob custódia do governo A menina chegou a ser indiciada por negligência de criança, perturbação da paz, conduta desordeira e resistência à prisão. As acusações foram todas retiradas. Ela também estava sob custódia do Estado, mas decidiu voltar para o Brasil junto com a irmã Clara que foi reencontrar o marido deportado, de acordo com pessoas ligadas à família. Leia também: Advogado acusa ICE de assinar deportação sem aval do cliente Karoline teria ficado e agora está desaparecida. A Manchete USA tentou contato com Clara, mas não obteve resposta até a publicação dessa matéria. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial deste material sem a autorização da MANCHETE USA. Todos os textos estão protegidos por copyright. Reproduções autorizadas devem conter crédito de AUTORIA para MANCHETE USA ( mancheteusa.com )
- Jornalista preso em manifestação anti-Trump é deportado para El Salvador
Família de Guevara afirma que jornalista corre risco de morte se retornar para El Salvador ATLANTA - Organizações de defesa dos direitos humanos e da liberdade de imprensa não conseguiram impedir a deportação do jornalista salvadorenho Mario Guevara. O jornalista de política voltou na manhã dessa sexta-feira, 3, para o país de onde fugiu há mais de 20 anos após sofrer ameaças. No início da tarde, Guevara apareceu em um vídeo ao vivo nas redes sociais. Ele estava escoltado por autoridades do governo de El Salvador, saindo de um veículo e abraçando uma mulher que apontava um celular com câmera para ele. "Olá, mãe", disse ele para a tela. Ele olhou para o céu e disse: "Meu país, meu país, meu país. Graças a Deus. Não era assim que eu queria vir para o meu país, mas graças a Deus." Em outra publicação, afirmou estar "pronto para continuar trabalhando o dobro do meu país". Representantes da Free Press, da Fundação da Primeira Emenda da Georgia, União Americana de Liberdades Civis (ACLU) afirmam que a prisão do salvadorenho foi arbitrária e coloca em xeque o direito à informação. Mas a Corte de Apelações do 11 º Circuito dos Estados Unidos rejeitou na quinta-feira uma moção de emergência apresentada pelo advogado Giovanni Diaz para impedir a expulsão de Guevara para El Salvador. A mulher e os filhos do jornalista permanecem nos EUA. Preso desde junho Guevara foi preso no dia 14 de junho pela polícia do Condado de Kolb,na Geórgia, enquanto cobria a manifestação "No Kings", um movimento nacional que tomou as ruas dos EUA contra o governo Donald Trump, incluindo a política anti-imigrante, e foi transferido para a custódia do ICE. No dia 25 de junho, três acusações inciais de reunião ilegal, obstrução e de estar como um pedestre na via pública reservada a automóveis, foram arquivadas por falta de provas. Em 10 de julho, quando Guevara já estava sob custódia do ICE, as denúcias de direção imprudente, desobediência aos sinais de trânsito e uso ilegal de um dispositivo de telecomunicações também foram arquivadas devido a evidências insuficientes e falta de fundamentos legais. Leia também: Jornalista corre risco de deportação após cobrir manifestação contra Trump Segundo o advogado de Guevera, o jornalista tinha autorização para ficar nos EUA enquanto aguarda a residência permanente (green card) através de um processo familiar uma vez que é pai de cidadãos americanos. "Ele fugiu de El Salvador em 2004 após sofrer ameaças por seu trabalho como repórter político no jornal La Prensa Gráfica", pontuou Díaz. Nos EUA, Guevara fundou o site MGNews e acompanhava de perto as operações do ICE nas ruas da Geórgia. O jornalista ganhou um prêmio Emmy em 2023. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial deste material sem a autorização da MANCHETE USA. Todos os textos estão protegidos por copyright. Reproduções autorizadas devem conter crédito de AUTORIA para MANCHETE USA ( mancheteusa.com )
- Número de brasileiros deportados dos EUA em 2025 bate recorde histórico
Mais 12 voos com brasileiros deportados deve chegar ao Brasil até o fim do ano BRASÍLIA - O número de brasileiros deportados dos Estados Unidos em 2025 ultrapassa 2 mil, o maior patamar desde 2021, segundo a contagem da Polícia Federal divulgada essa semana. Dados reveleam que até o dia 1º de outubro, 2.268 nacionais chegaram ao Brasil por decisão do governo Trump, superando em 37% o total registrado em todo o ano de 2024. O maior número anterior havia sido em 2021, com 2.188 deportações. O recorde foi marcado com a chegada de um voo com 110 deportados na noite de quarta-feira (1º) no Aeroporto Internacional de Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A escolha de Confins para esses voos está ligada à sua capacidade logística, facilitando o retorno dos deportados às suas cidades de origem, especialmente em Minas Gerais, que concentra grande número de emigrantes. Desde janeiro, 24 voos de deportação partiram dos EUA para o Brasil, sendo 23 deles durante a administração do presidente Donald Trump que assumiu o cargo em 20 de janeiro. A expectativa é que mais 12 voos ocorram até o final do ano, mantendo a frequência semanal. As deportações coletivas começaram em 2019, no primeiro mandato de Trump, quando o governo brasileiro autorizou novamente o pouso desses voos, prática que estava suspensa desde 2006. ** Com Agências **
- Apple remove apps que informavam movimentação de agentes do ICE
Agência federal alega que aplicativos colocam vida de agentes em perigo WASHINGTON - A Apple removeu na quinta-feira, 2, de sua loja de aplicativos vários programas usados para informar de forma anônima sobre os movimentos dos agentes do ICE, após pressão da Casa Banca. Os aplicativos vinham se tornando cada vez mais populares nos últimos meses, à medida que a campanha de deportações do presidente Donald Trump ganha força em cidades de todo os Estados Unidos. Autoridades do governo os haviam criticado duramente por "colocarem em risco os agentes migratórios", especialmente após um tiroteio mortal ocorrido no mês passado em instalações do ICE no Texas. As autoridades afirmaram que o suspeito havia usado um desses aplicativos nos dias que antecederam o ataque. Dois detidos morreram e outro ficou ferido nessa ação. Os aplicativos de rastreamento do ICE, incluindo o popular ICEBlock, já não estavam acessíveis na App Store da Apple no fim da noite de quinta-feira. A Fox Business foi a primeira a noticiar a remoção dos aplicativos, e a procuradora-geral Pam Bondi declarou ao veículo que o Departamento de Justiça "entrou em contato hoje com a Apple para exigir que retirasse o aplicativo ICEBlock de sua App Store, e a Apple assim o fez". Em declaração à NBC News, a empresa disse: "Com base nas informações que recebemos das autoridades policiais sobre os riscos de segurança associados ao ICEBlock, nós o removemos, juntamente com outros aplicativos semelhantes, da App Store". ** Com Agências **
- Brasileiro é condenado por venda de carteira de motorista e vai ser deportado
Massachusetts entrou na segunda fase do esquema fraudulento BOSTON – O Tribunal Federal de Boston condenou na última semana o brasileiro César Augusto Martins Reis, 28 anos, a pouco mais de nove meses de prisão por um esquema de venda de carteiras de motoristas de Nova York e Massachusetts para pessoas que não se qualificavam para o documento e utilizavam passaportes e endereços falsos. A pena é bem menor que a máxima prevista de 15 anos para esses tipos de crime. A juíza Margaret Guzman decidiu no dia 26 de setembro que o réu deveria cumprir 290 dias na cadeia, tempo que já permaneceu preso, e ser extraditado. Em junho, o brasileiro que morava em Waterbury, Connecticut, quando foi detido, reconheceu a culpa por "conspirar para produzir e portar ilegalmente documentos de identificação para depois transferi-los a terceiros". Ele foi flagrado pela polícia no dia 4 de fevereiro do ano passado com 50 carteiras de motorista fraudulentas, destaca o processo. Além de Reis, a investigação que desmantelou a quadrilha em dezembro culminou na prisão de Helbert Costa Generoso, 39, de Danbury, em Connecticut, Gabriel Nascimento de Andrade, 26, de Boston, em Massachusetts. Eles ainda não foram sentenciados. Outros dois acusados Edvan Fernandes Alves De Andrade, 34, de Worcester, e Leonel Teixeira de Souza Junior, 38, de Milford, já estavam no Brasil. Esquema fraudulento De acordo com o processo, as fraudes para fornecer habilitação para pessoas que moravam fora do Estado ocorreram entre novembro de 2020 e setembro de 2024.. Massachusetts entrou nas negociações após julho de 2023, quando passou a emitir carteira de motorista para imigrantes indocumentados. Já em Nova York o documento estava disponível para residentes sem status imigratório legal no país desde 2019. Leia também: Brasileiros podem pegar até 15 anos de prisão por venda de carteiras Os réus cobravam cerca de US$ 1,4 mil para conseguir a habilitação. No total, foram mais de mil clientes e, segundo as investigações, aproximadamente 600 tiveram sucesso. Os falsários burlavam o sistema de Nova York que exige que os candidatos tirem fotos enquanto fazem o teste escrito on-line na tentativa de evitar fraudes. Os réus pediam a seus clientes para se fotografarem em posições que simulavam que estavam completando a prova, mas eram os acusados que respondiam aos testes escritos, criavam certificados de conclusão de escolas de condução de Nova York, inclusive com assinaturas falsas de funcionários desses locais. Com esse certificado, os candidatos compareciam ao Departamento de Registro de Carros de NY para apresentar os documentos de identidade e comprovante de residência no Estado, mesmo local para onde eram enviadas as habilitações. Os endereços eram controlados pela quadrilha. Os réus e seus cúmplices recrutavam clientes em Massachusetts e os dirigiam até Nova York, "vários de uma vez só", para a primeira fase e também para o teste de rua. Em Massachusetts, o esquema forjava os passaportes para usar como identidade para requerer a habilitação. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial deste material sem a autorização da MANCHETE USA. Todos os textos estão protegidos por copyright. Reproduções autorizadas devem conter crédito de AUTORIA para MANCHETE USA ( mancheteusa.com )
.png)











