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  • Juiz mantém brasileiro de 13 anos preso na Virgínia

    Arthur volta à Corte em 5 de novembro e defesa estuda pedir a deportação voluntária EVERETT – Durante audiência na quarta-feira, 22, um juiz de imigração decidiu manter o brasileiro Arthur, de 13 anos, preso em um centro de detenção na Virgínia, a 800 km da família que mora em Everett, Massachusets, onde ele foi detido há mais de duas semanas pela polícia local. Em Corte, o menor pediu desculpas mas não conseguiu a liberdade. O advogado do brasileiro, Andrew Lattarulo, apresentou uma linha de defesa que não foi atendida. "a decisão já havia sido tomada", disse ele em entrevista. Arthur está em processo de asilo com a família, usufruindo de uma autorização para estar nos EUA provisoriamente. Segundo informações do ICE, eles entraram no país por San Luis, Arizona, no dia 24 de setembro de 2021, quando o jovem tinha 9 anos. O menino volta à Corte em 5 de novembro e a defesa não confirmou se vai pedir a deportação voluntária ou dar continuidade a um processo que vai manter o adolescente preso por tempo indeterminado. O Departamento de Segurança Interna (DHS) dos Estados Unidos alegou que Artur é membro da gangue 33, uma organização criminosa brasileira em Everett. Um porta-voz do DHS disse que o jovem de 13 anos tem um longo histórico criminal, incluindo 11 queixas policiais anteriores sobre furtos "flash mob" em loja, consumo de álcool por menores de idade, arrombamentos, vandalismo, furto e brigas. "Por mais problemático que pareça, crianças se metem em encrencas. Talvez ele tenha feito algumas coisas tolas, mas não deveria ter que pagar com a vida por isso", defende Lattarulo. "No fim das contas, é sobre uma criança de 13 anos que estamos falando." A polícia da cidade não comenta nem divulga informações sobre Arthur. O prefeito Carlo de Maria também diz que não pode dar detalhes mas descreveu o brasileiro como um “menino problema”. O Boletim de Ocorrência da Polícia de Everett de 9 de outubro, divulgado pelo DHS, afirma que Arthur mostrou uma arma para uma colega e teria dito que a usaria para matar outro aluno. Os policiais foram acionados e prenderam o brasileiro no ponto de ônibus com uma faca, mas não encontraram arma de fogo. Tanto o chefe de polícia, Paul Strong, quanto o prefeito negam ter ajudado ao ICE e afirmam que a agência federal foi até a delegacia após as informações e impressões digitais de Arhtur serem inseridas no sistema. Já o ICE afirma que foi acionado pela polícia local. Transferência Relâmpago O prefeito e o delegado não souberam explicar porque a mãe de Arthur, Josiele Berto, só foi avisada que o filho estava sob a custódia do ICE após o menino deixar a delegacia. Ela foi chamada para buscar o filho, fator que coloca em xeque a gravidade das acusações uma vez que o adolescente seria liberado - mas esperou no local por mais de uma hora e meia até ser notificada que os agentes federais haviam levado o estudante da Albert N. Parlin School. Na manhã seguinte ele foi transferido para a Virgínia. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial deste material sem a autorização da MANCHETE USA. Todos os textos estão protegidos por copyright. Reproduções autorizadas devem conter crédito de AUTORIA para MANCHETE USA ( mancheteusa.com )

  • Governador da Califórnia considera se candidatar à Presidência dos EUA em 2028

    Newsom tem sido o grande opositor do governo Trump LOS ANGELES - O governador democrata da Califórnia, Gavin Newsom, disse em uma entrevista transmitida neste domingo, 26, que considera concorrer à presidência dos Estados Unidos em 2028 e deve se decidir após as eleições de meio de mandato, em novembro de 2026. Newsom fez alguns movimentos este ano para testar o terreno para uma possível candidatura presidencial e ganhou destaque dentro de seu partido ao confrontar o presidente republicano Donald Trump em uma série de questões, entre elas a decisão do presidente de enviar tropas da Guarda Nacional a Los Angeles. "Estou ansioso para ver quem se apresentará em 2028 e quem participará desse momento", disse Newsom no programa Sunday Morning, da CBS News. Quando questionado se estava considerando uma candidatura à Casa Branca, Newsom disse: "Sim, eu estaria mentindo se dissesse o contrário." Newsom tem impulsionado a Califórnia na linha de frente dos esforços democratas para redesenhar os mapas de distritos eleitorais para contrabalançar esforços semelhantes aos de estados liderados por republicanos. Os dois partidos lutam pelo controle da Câmara dos EUA nas eleições de 2026. Também neste fim de semana, a ex-vice-presidente dos Estados Unidos Kamala Harris disse à BBC que pode concorrer de novo à Casa Branca. Kamala disse que possivelmente será presidente um dia e está confiante de que haverá uma mulher na Presidência do país no futuro. Ela chamou Trump de tirano e disse que os alertas que fez sobre ele durante a campanha eleitoral se provaram corretos. ** Com Reuters**

  • Trump diz que não concorrerá à Vice-Presidência dos EUA

    Trump disse que poderia usar esse recurso, mas admitiu que as pessoas não iriam gostar WASHINGTON - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, descartou nesta segunda-feira, 27, a possibilidade de concorrer à Vice-Presidência nas eleições de 2028, uma abordagem que alguns de seus partidários têm proposto para permitir que o presidente republicano cumpra mais um mandato. "Eu teria permissão para fazer isso", disse Trump, em uma conversa com repórteres a bordo do avião presidencial Força Aérea Um. Mas ele acrescentou: "Eu não faria isso. Acho que é muito esperto. Sim, eu descartaria essa possibilidade, porque é muito esperta. Acho que as pessoas não gostariam disso. É muito esperto. Não é - não seria certo". Os comentários foram os mais recentes de Trump sobre o assunto, que ele tem provocado em declarações públicas e com bonés "Trump 2028" que ele distribui na Casa Branca. Ninguém pode ser eleito para a Presidência dos EUA uma terceira vez, de acordo com a 22ª Emenda da Constituição dos Estados Unidos. Alguns sugeriram que uma maneira de contornar essa proibição seria Trump se candidatar como vice-presidente, enquanto outro candidato se candidataria à Presidência e renunciaria, permitindo que Trump assumisse novamente. Os oponentes contestaram se isso seria legal. Referindo-se à possibilidade de um terceiro mandato, Trump disse: "Eu adoraria fazer isso. Tenho meus melhores números de todos os tempos". Quando pressionado por um repórter se não estava descartando um terceiro mandato, ele disse: "Não estou descartando? Quero dizer, você terá que me dizer". Referindo-se ao vice-presidente, JD Vance, e ao secretário de Estado, Marco Rubio, Trump também disse que eles são ótimas pessoas que poderiam concorrer ao cargo. "Acho que se eles formassem um grupo, seria imparável", disse ele. "Eu realmente acredito. Acredito nisso." ** Com Reuters **

  • Lula diz que reunião com Trump foi 'ótima' e abriu negociação 'imediata' de tarifaço e sanções

    Trump afirmou que sua equipe está pronta para entrar em um acordo com o Brasil (FotoL PR Presidência) WASHINGTON/ BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu neste domingo, 26, com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em Kuala Lumpur, na Malásia, para dar início às negociações em relação às tarifas e sanções contra o Brasil. Em postagem no Twitter, Lula disse que a reunião foi "ótima" e acrescentou que as negociações continuam "imediatamente" para buscar soluções para a tarifa de 50% às importações brasileiras e também para sanções contra autoridades impostas por Trump citando o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Brasil. Foi o primeiro encontro formal entre os dois, que mantinham relação distante desde o início do governo Trump. A situação se agravou em julho, quando Washington anunciou o tarifaço contra o Brasil. Mas o diálogo melhorou a partir de setembro, quando ambos tiveram breve contato durante a Assembleia Geral da ONU, em Nova York, o que abriu as negociações para o encontro bilateral. Nas primeiras declarações após o encontro, o chanceler brasileiro Mauro Vieira detalhou que as conversas continuariam ainda neste domingo entre as duas equipes para uma possível suspensão da tarifa de 50%. No entanto, houve apenas uma ligação entre ele e o representante comercial dos Estados Unidos, Jamieson Greer, em que foi marcada uma reunião de negociação para às 8h de segunda-feira, no horário da Malásia (18h de domingo no horário de Nova York). "Os dois presidentes tiveram uma conversa muito descontraída, alegre até", disse Vieira a jornalistas. "O presidente Trump declarou admirar o perfil da carreira política do presidente Lula, já tendo sido duas vezes presidente da República, tendo sido perseguido no Brasil e tendo se recuperado, provado a sua inocência e voltado a se apresentar e vitoriosament conquistado o seu terceiro mandato", seguiu Vieira. O chanceler afirmou ainda esperar que "em pouco tempo agora, em algumas semanas, concluir uma negociação bilateral que trate de cada um dos setores da atual tributação americana ao Brasil." Numa rápida conversa com jornalistas antes do início da reunião, Trump disse ser "uma honra estar com o presidente do Brasil". "Acredito que seremos capazes de fazer ótimos acordos para os dois países", disse ele. Já Lula, também nessa conversa prévia, havia prometido "boas notícias" após a reunião. "O Brasil tem todo o interesse de ter uma relação extraordinária com os Estados Unidos, não há nenhuma razão para qualquer desavença entre os dois países", disse ele. "Na hora em que dois presidentes se sentam e cada um coloca o seu ponto de vista, os seus problemas, a tendência é encaminhar um acordo", complementou Lula. O presidente do Brasil ainda disse que tinha uma longa pauta de assuntos que gostaria de discutir com Trump. O presidente dos EUA afirmou que ele e Lula "chegarão a uma conclusão rapidamente". Ao ser questionado sobre se a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) seria assunto da reunião, Trump não confirmou nem descartou essa possibilidade. "Eu sempre gostei do Bolsonaro. Me senti mal com o que aconteceu com ele. Ele está passando por muita coisa", comentou ele. Depois do encontro, o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Márcio Rosa, disse que a questão de Bolsonaro não foi discutida diretamente e que Trump não mencionou o aliado na conversa. Disse, no entanto, que Lula abordou as sanções contra autoridades brasileiras. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho de Jair e um dos articuladores do tarifaço e das sanções, comemorou no X o fato de Trump ter mencionado Bolsonaro na conversa prévia, o que teria deixado Lula "claramente incomodado" em sua visão. "Imagine o que foi tratado a portas fechadas?", escreveu. Lula se oferece como 'interlocutor' com Venezuela Segundo o chanceler Mauro Vieira, Lula também se ofereceu para ser um "interlocutor" entre EUA e Venezuela, em meio à pressão do governo Trump no Caribe e sobre o governo de Nicolás Maduro. A Casa Branca enviou ao Caribe força militar inédita e já atacou ao menos dez embarcações que afirma serem de narcotraficantes. Trump ja disse também que autorizou a CIA, a agência de inteligência dos EUA, a atuar contra Maduro. "O presidente Lula levantou o tema e disse que a América Latina e a América do Sul, onde estamos, é uma região de paz. E ele se prontificou a ser um contato, um interlocutor, como já foi no passado, com a Venezuela, para se buscar soluções que sejam mutuamente aceitáveis e corretas entre os dois países", disse Vieira. Lula e Maduro estão distanciados desde que o brasileiro não reconheceu formalmente a mais recente reeleição do herdeiro de Hugo Chávez, vista por atores da região e observadores como não legítima. A reunião entre Trump e Lula acontece durante a participação dos dois líderes na 47ª Cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean). Articulação com cautela Até as últimas horas, nem Brasília nem a Casa Branca haviam confirmado oficialmente a reunião, embora os líderes tivessem deixado a agenda livre antes do jantar oferecido pelo primeiro-ministro da Malásia. O encontro foi articulado ao longo de semanas por assessores dos dois governos, desde o breve cumprimento entre Lula e Trump em setembro. Na ocasião, o americano afirmou que houve "química excelente" com o brasileiro e indicou estar disposto a fazer uma reunião bilateral. Nesta sexta-feira (24), Lula afirmou a jornalistas em Jacarta, na Indonésia, que não haveria "assunto proibido" no encontro. "Tenho todo interesse nessa reunião. Quero mostrar que houve equívoco nas taxações, mostrar com números", disse o presidente brasileiro. "Se eu não acreditasse que é possível chegar a acordo, eu não faria reunião." Trump também comentou sobre a possibilidade de reunir-se com Lula durante a viagem para a Malásia. Ao conversar com repórteres, quando o presidente americano foi perguntado se estaria aberto a rever e reduzir as tarifas sobre o Brasil, Trump respondeu: "Sim, diante das circunstâncias certas." O principal objetivo do encontro era tentar destravar o impasse comercial e reduzir as tensões criadas pelas sobretaxas impostas por Washington. Em setembro, Lula disse que esperava que a conversa fosse entre "dois seres humanos civilizados", quando perguntado se temia constrangimentos como o que ocorreu no tenso encontro em Washington de Trump com o presidente da Ucrânia Volodymyr Zelensky, em fevereiro. Nesta segunda (27), Lula faz 80 anos. Trump completou 79 anos em junho. A semelhança nas idades foi usada pelo brasileiro para quebrar gelo no encontro. A viagem de Lula para o Sudeste Asiático, com passagem pela Indonésia e Malásia, faz parte de uma estratégia brasileira de diversificação de rotas comerciais, em busca de caminhos alternativos diante da deterioração nas relações com Washington. A delegação brasileira inclui ministros de áreas estratégicas, como Alexandre Silveira (Minas e Energia), Carlos Fávaro (Agricultura), Luciana Santos (Ciência e Tecnologia) e Mauro Vieira (Relações Exteriores). Também acompanham Lula o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, e o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues. Do tarifaço ao encontro na Malásia Em julho, os Estados Unidos anunciaram tarifas de até 50% sobre produtos brasileiros, atingindo especialmente exportações agrícolas e de carne bovina. Na época, o governo Trump deixou claro diversas vezes que essas punições tinham natureza política. Além das tarifas, o Escritório do Representante de Comércio dos Estados Unidos (USTR) abriu uma investigação contra o Brasil, acusando o país de adotar "práticas comerciais desleais". A Casa Branca também impôs restrições de visto a autoridades brasileiras e sanções financeiras ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e à mulher dele, Viviane Barci de Moraes. As medidas foram tomadas em meio julgamento que condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por incitar ataques às instituições brasileiras. O governo brasileiro classificou as sanções como um ataque à soberania nacional e uma tentativa de interferir na independência do Judiciário. As sanções tiveram como pano de fundo a atuação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente brasileiro. O deputado se mudou para os Estados Unidos no início do ano e iniciou articulações junto à Casa Branca para buscar medidas contra o Brasil que pudessem pressionar pela absolvição e pela anistia do pai. Em setembro, no entanto, Lula e Trump se cruzaram brevemente durante a Assembleia Geral da ONU, em Nova York, mantendo contato próximo desde então. No dia 6 de outubro, os líderes fizeram uma videoconferência de aproximadamente 30 minutos. Na conversa, Lula pediu a Trump a retirada da tarifa imposta aos produtos brasileiros e das medidas restritivas aplicadas contra autoridades brasileiras. Na ocasião, Trump não teria respondido diretamente ao pedido de Lula para a retirada das tarifas e das sanções econômicas e de vistos. O presidente americano teria se limitado a dizer que o tema seria conduzido pelas equipes técnicas dos dois países. Já em 16 de outubro, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, e o secretário de Estado americano, Marco Rubio, se reuniram por uma hora na Casa Branca, em Washington. Em uma breve declaração à imprensa, o chanceler brasileiro disse que encontro foi "muito produtivo, num clima excelente de descontração e de troca de ideias e posições de uma forma muito clara e muito objetiva". Segundo Vieira, houve "muita disposição para trabalhar em conjunto para traçar uma agenda bilateral de encontros para tratar de temas específicos de comércio". Pelo lado americano, Rubio e o representante de comércio dos EUA, Jamieson Greer, disseram em um comunicado conjunto que tiveram com o ministro brasileiro "conversas muito positivas sobre comércio e as questões bilaterais em curso". Segundo a nota, os três "concordaram em colaborar e conduzir discussões em múltiplas frentes no futuro imediato e estabelecer um plano de ação". Mesmo com os esforços do encontro para tentar selar a paz, os dois líderes também deram sinais de que não pretendiam recuar de suas posições durante a semana que antecedeu o encontro. Na quarta-feira (22), Trump afirmou que os pecuaristas americanos "estão indo bem" graças à tarifa imposta sobre o gado de outros países, como o Brasil. "Os pecuaristas, que eu adoro, não percebem que a única razão pela qual estão indo tão bem — pela primeira vez em décadas — é porque impus tarifas sobre o gado que entra nos Estados Unidos, incluindo uma tarifa de 50% sobre o Brasil", escreveu em sua rede social. O republicano acrescentou que, se não fosse por ele, os criadores de gado americanos "estariam na mesma situação dos últimos 20 anos", que classificou como "péssima". Já Lula, na quinta (23/10), voltou a defender alternativas ao dólar no comércio global. Durante a visita que faz à Indonésia, o presidente afirmou que tanto o Pix quanto o sistema de pagamentos indonésio têm potencial para facilitar o intercâmbio entre os dois países e entre os membros do Brics. "O século 21 exige que tenhamos a coragem que não tivemos no século 20", disse Lula, ao defender "uma nova forma de agir comercialmente, para não ficarmos dependentes de ninguém", sem citar diretamente os EUA. A defesa de moedas alternativas à americana, reforçada pelo Brasil durante a cúpula dos Brics em julho, foi apontada por Trump como um dos motivos para a imposição das tarifas às exportações brasileiras. Por que reunião entre os líderes importa Do ponto de vista brasileiro, as tarifas foram percebidas como arbitrariedade, já que os EUA acumulam superávit em sua balança comercial com o Brasil. Em diversas declarações, Lula questionou a lógica das medidas, alegando que "a tese pela qual se taxou o Brasil não tem sustentação em nenhuma verdade", e prometeu apresentar argumentos nessa linha durante o encontro. As tarifas, que entraram em vigor em 6 de agosto, afetam diretamente setores estratégicos — especialmente exportadores agrícolas e pecuaristas. A Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil) reforçou que, mesmo com a isenção a uma série de produtos, ainda há um impacto expressivo sobre setores estratégicos da economia brasileira. Em agosto, o governo Lula anunciou um pacote de medidas para mitigar o impacto econômico do tarifaço. As ações incluem linhas de crédito subsidiadas, adiamento da cobrança de impostos e compras governamentais de alimentos dos setores impactados. Do lado americano, a taxação pode inibir a importação de produtos do Brasil, levando os EUA a tentar aumentar a produção interna, a buscar mercados substitutos ou, caso essas duas alternativas não sejam bem-sucedidas, a reduzir a oferta interna desses itens. Nesse último cenário, se não houver redução da demanda, a menor oferta pode ter como consequência aumento de preços. Essa estratégia é arriscada no caso de alguns produtos, como café, já que os EUA não têm as condições climáticas adequadas para produção em larga escala como o Brasil. Além do comércio e sanções, a regulação das big techs e da mineração de terras raras, são dois pontos centrais para os americanos. O acesso ao mercado de etanol no Brasil é outra prioridade. ** Com BBC **

  • Papa condena maus-tratos a imigrantes como "crime grave"

    Perseguição contra imigrantes é crime, alertou o papa Leão ROMA - O papa Leão XIV condenou nesta quinta-feira, 23, os maus-tratos aos imigrantes como um "crime grave", prosseguindo com uma mensagem de boas-vindas aos migrantes semanas depois de criticar as políticas anti-imigração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Leão, o primeiro papa norte-americano, não mencionou Trump ou suas políticas especificamente em uma reunião no Vaticano com organizações internacionais de base, mas disse que os governos tinham uma "obrigação moral de fornecer refúgio" aos migrantes necessitados. "Com o abuso de migrantes vulneráveis, estamos testemunhando não o exercício legítimo da soberania nacional, mas sim crimes graves cometidos ou tolerados pelo Estado", disse o papa. "Medidas cada vez mais desumanas estão sendo adotadas -- até mesmo celebradas politicamente -- que tratam esses 'indesejáveis' como se fossem lixo e não seres humanos", disse ele. Leão, eleito em maio para substituir o falecido papa Francisco, tem aumentado sua desaprovação em relação ao tratamento dado pelo governo Trump àqueles que buscam uma vida melhor no exterior, atraindo uma reação acalorada de alguns católicos conservadores proeminentes. Em seu primeiro documento importante, publicado em 9 de outubro, ele fez um apelo para que o mundo ajudasse os imigrantes e invocou uma das críticas mais fortes de Francisco a Trump. Em setembro, Leão criticou o tratamento "desumano" dos imigrantes nos EUA e questionou se as políticas de Trump estavam de acordo com os ensinamentos pró-vida da Igreja Católica. No discurso desta quinta-feira, focado nas necessidades dos pobres do mundo, Leão também criticou a crescente desigualdade econômica, os lucros obtidos por empresas farmacêuticas e a exploração de mineração de materiais, como coltan e lítio, usados em dispositivos modernos. "Sua extração depende da violência paramilitar, do trabalho infantil e do deslocamento de populações", disse o pontífice sobre a atividade de mineração. "A competição entre as grandes potências e as grandes corporações pela (sua) extração representa uma grave ameaça à soberania e à estabilidade dos Estados pobres", disse ele. Leão disse que o sucesso da indústria farmacêutica "representa um grande progresso para alguns, mas não sem ambiguidade". Ele criticou o uso do fentanil nos Estados Unidos, parte de uma crise que já matou cerca de 450.000 norte-americanos. O papa também repetiu uma frase frequentemente usada por Francisco, pedindo que a Igreja Católica se torne "uma Igreja pobre para os pobres". ** Com Reuters **

  • Trump rompe negociações comerciais com o Canadá após uso de vídeo de Reagan contra tarifas

    O primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, visita Trump na Casa Branca em 7 de outubro de 2025 (Foto: AFP) WASHINGTON - O presidente americano Donald Trump anunciou nesta quinta-feira, 23, a ruptura imediata de todas as negociações comerciais com o Canadá. Ele acusa as autoridades do país de terem distorcido declarações do ex-presidente republicano Ronald Reagan, feitas em 1987, e utilizadas em uma campanha publicitária província de Ontario contra o aumento das tarifas. "Eles só fizeram isso para interferir na decisão da Suprema Corte e de outros tribunais", escreveu Trump em sua rede Truth Social. "Com base em seu comportamento ultrajante, TODAS AS NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS COM O CANADÁ ESTÃO ENCERRADAS", escreveu.  "A Fundação Ronald Reagan acaba de anunciar que o Canadá usou de maneira fraudulenta uma propaganda, que é FALSA, na qual Ronald Reagan se expressa negativamente sobre tarifas", afirmou o presidente em sua mensagem. A legalidade dos decretos presidenciais que desencadearam os aumentos tarifários está sendo contestada na Suprema Corte dos EUA. Produzida pela província canadense de Ontário, a campanha publicitária foi transmitida em diversos canais de televisão dos EUA e compartilhada no X pelo premiê (governador) da região, Doug Ford. A propaganda usava gravações verdadeiras do discurso do ex-presidente, que faz parte dos arquivos da biblioteca presidencial do governo Reagan. O vídeo alerta sobre algumas das consequências que tarifas elevadas sobre importações estrangeiras poderiam ter na economia americana, mas muda a ordem de algumas frases. A publicidade cita Reagan dizendo que "tarifas elevadas levam a retaliações por países estrangeiros e desencadeiam guerras comerciais". Segundo a Fundação Ronald Reagan, a campanha utilizou "de forma seletiva trechos de áudio e vídeo" de um discurso radiofônico sobre comércio feito pelo ex-presidente republicano em abril de 1987.  A Fundação disse que está "avaliando medidas legais sobre o caso", já que a propaganda "distorce" as declarações de Ronald Reagan. A decisão de Trump de romper as relações comerciais com o Canadá é inesperada, já que um acordo comercial entre Ottawa e Washington sobre aço, alumínio e energia estaria prestes a ser concluído, de acordo com o jornal canadense Globe and Mail.  O compromisso deveria ser assinado antes do encontro previsto entre o primeiro-ministro canadense Mark Carney e Donald Trump, na cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), que acontece no final do mês, na Coreia do Sul. O Canadá é o segundo maior parceiro comercial dos Estados Unidos e um fornecedor importante de aço e alumínio para empresas americanas.   Ruptura Nesta quarta-feira (22), em um discurso sobre prioridades orçamentárias diante de estudantes da Universidade de Ottawa, o primeiro-ministro canadense, Mark Carney, disse que a nova política comercial de Washington exigia uma reformulação da estratégia econômica do Canadá.  Os Estados Unidos aumentaram "suas tarifas a níveis nunca vistos desde a Grande Depressão", lamentou o primeiro-ministro. "A dimensão e a rapidez desses acontecimentos representam uma ruptura. Isso significa que nossa estratégia econômica precisa mudar radicalmente", acrescentou Carney, afirmando que o processo "exigirá sacrifícios e tempo".  Mark Carney se encontrou com o presidente Trump no início de outubro, na Casa Branca, para tentar avançar na resolução do conflito, mas não obteve nenhuma concessão. Durante esse encontro, Trump descreveu Carney como um "líder de classe mundial" e declarou que o canadense "sairia muito feliz" da conversa.  Cerca de 85% das trocas comerciais continuam isentas de tarifas, já que os Estados Unidos e o Canadá ainda aderem ao tratado de livre comércio norte-americano (Aceum). Mas as tarifas setoriais globais impostas por Trump, especialmente sobre aço, alumínio e automóveis, afetaram o Canadá, provocando perdas de empregos e pressionando as empresas. ** Com Agências **

  • Governos dos EUA e do Brasil acertam encontro entre Lula e Trump para domingo

    Trump disse que sentiu uma química em relação à Lula durante evento da ONU WASHINGTON - Os governos do Brasil e dos Estados Unidos fecharam que o encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, ocorrerá no próximo domingo (no horário de Nova York) na Malásia. Apenas o horário da reunião está pendente, de acordo com diplomatas com conhecimento no assunto. Após a solenidade, Lula terá reuniões bilaterais, entre elas com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, e com outros líderes da região. Em Kuala Lumpur, há 11 horas de diferença em relação a Brasília. O horário estimado para a abertura da reunião da Asean é às 10h, o que corresponde às 22h de sábado em NY. Assim, as bilaterais de Lula começam depois desse momento, nas primeiras horas de domingo. O encontro entre os presidentes do Brasil e dos Estados Unidos está sendo preparado pelas chancelarias dos dois países. Há cerca de duas semanas, eles conversaram por telefone durante meia hora. O diálogo foi seguido por uma reunião em Washington, na última quinta-feira, entre o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o secretário de Estado americano, Marco Rubio. Nos dois casos, o foco foi a economia. Não se tratou do ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado. Autoridades que acompanham o tema em Brasília avaliam que a reunião poderá marcar o início de uma mudança na relação bilateral, abrindo caminho para negociações comerciais e um diálogo político mais estável. A expectativa é de que haja disposição de ambos os lados para superar a pior crise em mais de 200 anos de relações entre Brasil e Estados Unidos. Na viagem à Ásia, Lula fará duas visitas de chefe de Estado: na quinta-feira, dia 23, estará em Jacarta, onde se reunirá com o presidente da Indonésia, Prabowo Subianto; no dia 25, encontrará o primeiro-ministro malaio, Anwar Ibrahim. Está prevista a participação do presidente brasileiro em fóruns empresariais nos dois países. Nos dias 26 e 27, ocorrerá a cúpula da Asean. Lula será o primeiro presidente brasileiro a participar de uma reunião de países da região. Trump também foi convidado e confirmou presença. ** Com Agência Globo **

  • Homem preso por embriaguez alega ser agente do ICE e questiona nacionalidade de policial

    Motorista insistia em questionar a nacionalidade do policial FLORIDA KEYS - Um vídeo da prisão de um motorista embriagado que se identificou como agente do ICE e questionou a nacionalidade de um policial está viralizando nas redes sociais. O incidente aconteceu na Flórida em agosto e Scott Thomas Deiseroth foi indiciado por dirigir alcoolizado e colocar duas crianças em perigo. O homem de 42 anos alegou ser funcionário do Departamento de Segurança Interna (DHS) dos Estados Unidos ao ser parado em uma estrada próxima a Florida Keys. Durante o teste de embriaguez, Deiseroth questionou a nacionalidade do policial preto. O americano insistiu na pergunta mesmo quando agente do Escritório do Xerife do Condado de Monroe disse que a questão era irrelevante. "Você é haitiano?", repetia. Os filhos do motorista, de 7 e 9 anos, estavam no carro e foram entregues a um membro da família, diz o Boletim de Ocorrência. Todos os dias imagens de imigrantes sendo presos na presença dos filhos são publicadas na internet. Em uma delas, agentes do ICE deixam um menino de 13 anos no meio da rua em Waltham, Massachusetts, e amparado por desconhecidos que tentaram interferir na prisão do pais. O DHS não respondeu ao pedido de comentário da Manchete USA. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial deste material sem a autorização da MANCHETE USA. Todos os textos estão protegidos por copyright. Reproduções autorizadas devem conter crédito de AUTORIA para MANCHETE USA ( mancheteusa.com )

  • Empresário confirma empréstimo de avião para transporte de Fabíola

    Intenção é remanejar o dinheiro arrecadado para a UTI aérea em recurso para o tratamento de Fabíola ORLANDO - A história de Fabíola da Costa, que está em estado vegetativo há mais de um ano, comoveu brasileiros em todo o mundo e ganha um novo capítulo. Ela conseguiu voltar ao Brasil graças a um empresário que a levou em seu avião de Orlando, na Flórida, para Minas Gerais. Leonardo, que preferia ficar no anonimato, explicou durante uma live com o marido de Fabíola, Ubiratan Rodrigues, que a mulher de 32 anos foi transportada em sua aeronave particular. "Eu vou aos Estados Unidos a negócios e me ofereci para trazê-la em uma dessas viagens", disse. "Fabíola não depende de suporte de vida, então não era necessário uma UTI aérea", explicou. Leonardo conheceu a história através de amigos do aeroclube de Uberlândia. Em menos de dez dias, a viagem foi planejada para garantir instrumentos de emergência em caso de uma intercorrência. Fabíola foi acompanhada por um médico brasileiro, identificado como Dr. Flávio. "A viagem correu bem. Fabíola foi transportada da forma mais confortável possível", conta o empresário. A mãe de Fabíola, Maria da Costa, naquele instante nos EUA para ajudar a família, viajou com a filha. Rodrigues e os filhos, dois meninos de 17 e 13 anos, e uma menina, de 5 anos, continuam em Orlando até resolver a documentação brasileira da caçula, que é nascida nos EUA. Leia também: Anônimos proporcionam volta de brasileira em estado vegetativo ao Brasil Rodrigues afirma que o dinheiro arrecadado por pessoas do mundo inteiro vai ser usado para o tratamento da mulher. Ele não precisou o total, mas vai prestar contas dos valores em sua rede social. A princípio, Rodrigues disse que a solidariedade de anônimos pagou a viagem porque Leonardo não queria aparecer. "Não tenho como citar nomes porque vou esquecer de alguém. Foram milhares de pessoas, inclusive aquelas que entravam em contato e não podiam doar mas compartilhavam a história", destaca. Fabíola está internada em um hospital público, mas deve ser encaminhada para o tratamento em uma rede particular de saúde. "Eu quero levá-la para um hospital de referência no Rio de Janeiro", afirma o marido que há um ano deixou de trabalhar para cuidar da mulher 24 horas por dia. Rodrigues disse em outro momento que a intenção era buscar assistência no hospital Sarah Kubitcsheck, referência em tratamento neurológico, mas é preciso passar por uma triagem. O atendimento nessa instituição é pelo Sistema Único de Saúde (SUS). É expressamente proibida a reprodução total ou parcial deste material sem a autorização da MANCHETE USA. Todos os textos estão protegidos por copyright. Reproduções autorizadas devem conter crédito de AUTORIA para MANCHETE USA ( mancheteusa.com )

  • Justiça encerra caso e considera brasileiros inocentes de acusação de fraude em seguros

    Justiça considerou as acusações como improcedentes e sem base legal Foto: Arquivo Pessoal ORLANDO - Os brasileiros Antônio Vinicius De Novais Cardoso e Gessyca Rairiny Martins Novais, acusados em maio deste ano de atuação ilegal como agentes de seguro, foram absolvidos de todas as denúncias feitas em Corte e a Justiça da Flórida determinou o imediato encerramento do caso. Com o fim do processo, os brasileiros passam a ser considerados inocentes e têm seus nomes limpos novamente, inclusive com direito ao ressarcimento da fiança. A Justiça considerou as acusações da promotoria como improcedentes e sem base legal. O casal de Windermere, região metropolitana de Orlando, enfrentava um processo de violação do estatuto 626.112(1)(A) da legislação estadual, que considera crime de terceiro grau a prática não autorizada nessa área.  Antônio Vinícius e a esposa disseram que ‘é um alívio provar a verdade e mostrar a todos que jamais agiram ilicitamente’.   É expressamente proibida a reprodução total ou parcial deste material sem a autorização da MANCHETE USA. Todos os textos estão protegidos por copyright. Reproduções autorizadas devem conter crédito de AUTORIA para MANCHETE USA ( mancheteusa.com )

  • Anônimos proporcionam volta de brasileira em estado vegetativo ao Brasil

    Fabíola já está na casa da família e deve continuar o tratamento no Brasil através do SUS ORLANDO - A brasileira Fabíola da Costa, que estava em estado vegetativo nos Estados Unidos há pouco mais de um ano, conseguiu retornar ao Brasil nesta segunda-feira, 20, em um avião UTI. A viagem foi proporcionada com a ajuda de bons samaritanos que financiaram o alto custo do transporte. Aos 32 anos e mãe de dois filhos, ela vai seguir o tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em Juiz de Fora. Nas redes sociais, o marido, Ubiratan Rodrigues, agradeceu a mobilização de milhares de pessoas e disse que o responsável pelo avião UTI, que não quis se identificar, baixou o valor previsto de US$ 120 mil, dando fim ao desespero da família que já havia programado a viagem num motorhome, partindo de Orlando, na Flórida, para a região da Mata em Minas Gerais. A estimativa era levar 50 dias para percorrer 7 mil km. "Não tenho como citar nomes porque vou esquecer de alguém. Foram milhares de pessoas, inclusive aquelas que entravam em contato e não podiam doar mas compartilhavam a história", disse Rodrigues. Fabíola desembarcou na noite de ontem acompanhada da mãe, Maria Costa, que estava nos EUA para ajudar nos cuidados com a filha, no Aeroporto Regional da Zona da Mata, em Goianá. Ela foi recebida pelo SAMU e transportada até o Hospital Ana Nery para refazer exames antes de ir definitivamente para casa. Rodrigues, ficou nos Estados Unidos com os filhos, entre 17 e 5 anos, agilizando a documentação da caçula, nascida no país. Desde que Fabíola sofreu um mal súbito em setembro do ano passado, a família dependia de doações. Milhares de brasileiros se mobilizaram em ações no Brasil e nos EUA para ajudar o casal e os filhos a sobreviverem e arcar com a UTI aérea. Mais de um ano O drama da família já dura mais de um ano. Em 20 de setembro 2024, Fabíola passou mal e foi socorrida pelo enteado e pelo filho mais velho já que Rodrigues estava dirigindo um caminhão do Texas em direção a Nova York. Enteado e filho mais velho socorreram a mãe e a levaram para o hospital Segundo o marido, a mineira sofreu três paradas cardíacas e uma perfuração no pulmão, causada durante a reanimação. A consequência foi uma lesão cerebral grave, levando-a ao estado vegetativo. Fabíola ficou internada por 7 meses com cobertura parcial das despesas pelo plano de saúde. Em abril, o quadro se estabilizou e ela recebeu alta,  mas ainda com comprometimento neurológico e sem diagnóstico conclusivo. Rodrigues montou um quarto com suporte hospitalar básico na casa da família, passando a ser o responsável por todos os cuidados com apoio esporádico de uma enfermeira e de amigos fisioterapeutas. SUS Agora, com Fabíola em solo brasileiro, a expectativa da família é que ela possa continuar o tratamento recebendo mais suporte através do SUS e próximo dos parentes em Juiz de Fora. “Tudo foi feito com ajuda de amigos, familiares e desconhecidos que se sensibilizaram com a nossa história. Não temos palavras para agradecer”, disse o marido. Fabíola e Rodrigues viviam em Orlando com os filhos A família migrou para os EUA em 2019, onde Rodrigues trabalhava como caminhoneiro e Fabíola como manicure. Recurso público Em julho, a MANCHETE USA entrou em contato com o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) do Brasil para apurar sobre o caso de Fabíola. Em nota, a pasta disse que acompanhava "com atenção casos envolvendo brasileiros em situação de vulnerabilidade, mas atuava de forma articulada com os órgãos responsáveis em demandas dessa natureza". Já o Ministério de Relações Exteriores e o Gabinete do Presidência não responderam ao pedido da reportagem para comentar a possibilidade de usar recursos públicos para custear o transporte da brasileira com base na decisão do presidente Luis Inácio Lula da Silva de alterar um decreto de 2017 para arcar com os translados dos corpos dos brasileiros que morrem no exterior. ** Matéria atualizada às 6 horas de quarta-feira, 22/10/25. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial deste material sem a autorização da MANCHETE USA. Todos os textos estão protegidos por copyright. Reproduções autorizadas devem conter crédito de AUTORIA para MANCHETE USA ( mancheteusa.com )

  • Republicanos e democratas lançam novas táticas em meio à paralisação do governo dos EUA

    Impasse no Congresso já é sentido pelo consumidor americano WASHINGTON - Após três semanas de paralisação do governo dos Estados Unidos, os republicanos que controlam o Congresso começaram a falar sobre os possíveis próximos passos no que tem sido um impasse com os democratas, que estão negando seu apoio a um projeto de lei de financiamento temporário até que consigam uma extensão de um subsídio para a saúde. A senadora Susan Collins, que preside o Comitê de Apropriações do Senado, que supervisiona os gastos federais, disse aos repórteres nesta terça-feira que os republicanos provavelmente precisarão estender seu projeto de lei provisório para reabrir o governo e financiar as operações além da data final de 21 de novembro. "Há uma percepção de que teremos que fazer uma prorrogação porque desperdiçamos todas essas semanas", disse a republicana do Maine, observando que ela não quer que o financiamento provisório vá até 2026. Seus comentários seguem os do líder da maioria no Senado, John Thune, na segunda-feira, reconhecendo que seria necessário mais tempo para concluir os 12 projetos de lei de gastos anuais que financiam os programas "discricionários" de Washington. Thune precisa do apoio de alguns democratas do Senado para conseguir a aprovação do projeto de financiamento temporário aprovado pela Câmara dos Deputados no mês passado. Os republicanos têm uma maioria estreita de 53-47 no Senado, com 100 membros, sendo necessários 60 votos para aprovar a maioria dos projetos de lei. Todos os senadores da bancada democrata, com exceção de três, estão negando seu apoio ao projeto de lei republicano, a menos que o presidente Donald Trump e um número suficiente de parlamentares republicanos concordem com a extensão de um crédito tributário aprimorado da Lei de Cuidados Acessíveis (conhecida como Obamacare), que deve expirar em 31 de dezembro. Enquanto isso, o líder da minoria no Senado dos EUA, Chuck Schumer, disse que ele e o líder da minoria na Câmara, Hakeem Jeffries, entraram em contato com Trump nesta terça-feira para negociar o fim da paralisação. "Pedimos a ele que se reunisse conosco e dissemos que marcaríamos uma reunião com ele, a qualquer hora, em qualquer lugar", disse Schumer aos repórteres. O senador não disse se a Casa Branca aceitou o pedido de reunião. Sem uma extensão do Obamacare, milhões de norte-americanos estão se preparando para aumentos significativos em seus prêmios do seguro de saúde, o que os democratas chamaram de "crise de saúde". Milhares de funcionários federais foram dispensados porque as agências federais reduziram suas atividades a partir de 1º de outubro, o início do novo ano fiscal. Ao mesmo tempo, o financiamento do ano anterior expirou em cerca de US$1,7 trilhão em fundos para operações de agências, o que equivale a cerca de um quarto dos gastos federais anuais. Trump se reuniu com senadores republicanos ao meio-dia desta terça-feira, mas eles não discutiram uma extensão do Obamacare, de acordo com o senador republicano Mike Rounds, de Dakota do Sul, que participou da reunião. Os republicanos querem iniciar essas conversas no final do ano. A senadora republicana Lisa Murkowski, do Alasca, disse que nem os republicanos nem os democratas estão vencendo a dura batalha pela reabertura do governo. "No momento, os dois lados acham que têm uma vantagem e, enquanto você achar que tem uma vantagem, não há incentivo para voltar atrás", disse Murkowski. O que paira sobre o Congresso é a perspectiva de negociar acordos para os 12 projetos de lei de gastos ou seguir por uma alternativa considerada repulsiva por muitos parlamentares: uma prorrogação integral, por mais um ano, dos gastos do ano passado, que não atenderia às novas necessidades. "Há um desejo bipartidário de fazer algo" e evitar essa alternativa, disse aos repórteres o senador democrata Brian Schatz, do Havaí. Mas ele acrescentou que o primeiro passo seria chegar a um acordo bipartidário sobre o nível geral de gastos discricionários para o ano fiscal de 2026, que expira em 30 de setembro próximo. ** Com Reuters **

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